Palavras-chave
Doenças Cardiovasculares
Tratamento Farmacológico
Como Citar
Resumo
Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) são amplamente utilizados no manejo de inflamações e dores, mas o uso em pacientes com doenças cardiovasculares (DCV) traz preocupações devido ao risco de eventos adversos graves. A interação entre AINEs e o sistema cardiovascular pode levar a complicações, como infarto e acidente vascular cerebral. O uso indiscriminado desses medicamentos, principalmente em pacientes com histórico de DCV, requer atenção para minimizar riscos e maximizar os benefícios terapêuticos. A metodologia utilizada foi uma revisão integrativa da literatura, incluindo 12 artigos selecionados nas bases Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e SciELO. Foram aplicados critérios de inclusão para filtrar artigos relevantes publicados entre 2000 e 2024, com o uso dos descritores “Anti-Inflamatórios não Esteroides”, “Doenças Cardiovasculares” e “Tratamento Farmacológico”. Após a triagem inicial e leitura detalhada, os estudos selecionados forneceram evidências sobre os riscos e benefícios dos AINEs em pacientes com DCV. Os resultados indicam que o uso prolongado de AINEs, especialmente os seletivos para COX-2, está associado a um risco elevado de eventos cardiovasculares. O naproxeno apresentou menor risco em comparação com outros AINEs, mas ainda requer cautela em pacientes com DCV. Além disso, o uso de AINEs em pacientes com insuficiência cardíaca pode agravar a retenção de líquidos e piorar o quadro clínico. Em contrapartida, os benefícios dos AINEs no alívio da dor e inflamação foram evidenciados, sobretudo em pacientes com doenças reumáticas. Na conclusão, foi destacado que, embora os AINEs ofereçam benefícios importantes, o risco cardiovascular em pacientes com DCV não pode ser ignorado. O manejo desses medicamentos deve ser personalizado, e o uso deve ser monitorado de perto. Há lacunas na literatura sobre o impacto a longo prazo e a interação com outros medicamentos, apontando para a necessidade de mais estudos para garantir a segurança no tratamento desses pacientes.
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