Resumo
Introdução: É importante que o médico esteja preparado para atuar diante de um poli trauma na infância, prioriza ando a avaliação e a conduta correta neste momento, o atendimento segue os mesmos preceitos e dogmas aplicada população adulta, resguardando em primeiro plano a vida do paciente e mantendo a avaliação do sistema músculo esquelético para o próximo momento, sempre seguindo os princípios do advanced Trauma Life Support (ATLS). Os traumas em crianças representam uma relevante causa de morte, especialmente em crianças acima de um ano. Além disso, representam a segunda principal causa de hospitalização em indivíduos com menos de 15 anos, representando aproximadamente 80% das internações entre adolescentes e jovens adultos. Metodologia: Esta é uma revisão literária narrativa. Resultados: As informações coletadas estão em consonância com a literatura analisada, como mencionado por Dimeglio em 1999, que encontrou até 55% das fraturas nas idades de 01 a 11 anos. O autor comenta que até os seis anos de idade as fraturas se agrupam em 18% da amostra, sendo encontrado entre 06 e 11 anos um total de 40% das fraturas. O autor destaca importância de observar que 80% das fraturas ocorreram após os seis anos de idade. Ainda em concordância com os dados encontrados, cerca de 65% das fraturas ocorrer em pacientes maiores de oito anos. relata que entre as lesões traumáticas mais comuns na infância, as fraturas ósseas se apresentam com maior preocupação por parte dos clínicos, devido causar grande Morbi Daddy e seqüelas permanentes que podem afetar as principais articulações da criança. A fratura óssea pode ser definida como uma descontinuidade, que se produzem em um osso quando a força é aplicada superando a sua elasticidade, resultando numa dessa continuidade ou trauma direto indireto. A fratura em criança se apresenta com maior incidência no sexo masculino sendo este após os 10 anos de idade. Na literatura foi encontrada grandes desafios no tratamento e condução dos casos de fraturas em crianças, como discernimento delas em relação a sua situação clínica, sendo difícil a adaptação e mudança no estilo de vida da criança durante a recuperação e o repouso inevitável quando existe a fratura. Conclusão: Este estudo revelou que as faturas de hospitalização de membros superiores são mais elevadas do que as de membros inferiores, o que contradiz a literatura internacional em países desenvolvidos. Essa discrepância nos dados está relacionada à origem do trauma. As lesões nos membros superiores são um mecanismo de defesa contra quedas, enquanto as lesões nos membros inferiores são resultado de acidentes de trânsito. As lesões de maior incidência encontradas foram TCE e as fraturas do fêmur, sendo essas as que apresentam maior ônus financeiro e acarretam maior tempo de internação hospitalar após cirúrgica.
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