Resumo
Introdução: A esquizofrenia é um transtorno mental, geralmente, relacionado a um grave prejuízo funcional crônico. Essa condição é caracterizada por um conjunto de manifestações clínicas, incluindo sintomas nativos, como retraimento emocional e afeto embotado, sintomas positivos, como delírios e alucinações, e psicopatológicos gerais, como ansiedade e depressão. O uso de fármacos e psicoterapia tem se mostrado com bons resultados no alívio dos sintomas da doença. Objetivo: Analisar a importância do tratamento farmacológico e da psicoterapia no tratamento da esquizofrenia. Método: Trata-se de uma revisão integrativa dos últimos 5 anos, do período de 2019 a 2024, utilizando a base de dados da Medline. Os descritores que foram utilizados são:"esquizofrenia" "tratamento" "farmacologico" "psicologico". Foram encontrados 44 artigos, sendo eles submetidos aos critérios de seleção. Os critérios de inclusão foram artigos disponibilizados na íntegra e que se relacionavam à proposta estudada. Os critérios de exclusão foram artigos disponibilizados na forma de resumo, relatos de casos e artigos que não se relacionam à temática. Resultados e Discussão: O tratamento farmacológico objetiva, inicialmente, o controle dos sintomas psicóticos. O medicamento de escolha é um bloqueador dos receptores de dopamina 2. A principal escolha são os antipsicóticos atípicos, pois além de reduzir os sintomas psicóticos, apresentam menos efeitos colaterais quando se comparado aos de primeira geração. O tratamento psicológico apresenta efeito benéfico na saúde psicológica e melhora da qualidade de vida nos pacientes com essa condição. A terapia cognitivo comportamental também apresenta certo benefício como medida preventiva dessa condição, ao reduzir aspectos estressores. Alguns fármacos e medidas psicológicas auxiliam também no tratamento da esquizofrenia concomitante ao uso de substâncias. Conclusão: Nessa perspectiva, evidencia-se a importância dessas medidas terapêuticas no tratamento dessa doença.
Referências
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