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Resumo
O artigo avalia a eficácia da cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) em pacientes com diabetes mellitus (DM), destacando seus benefícios e complicações. O DM é uma doença metabólica associada a complicações cardiovasculares significativas, como a cardiomiopatia diabética, que compromete a função cardíaca e aumenta o risco de mortalidade. A CRM é amplamente utilizada no tratamento de doenças arteriais coronarianas (DAC) complexas, sendo indicada em casos de obstruções arteriais ou acometimento do tronco da artéria coronária esquerda.
Por meio de uma revisão sistemática, o estudo analisou resultados de pacientes diabéticos submetidos à CRM, com foco em desfechos clínicos, mortalidade e qualidade de vida. Os dados revelaram que a CRM proporciona benefícios significativos, como redução da mortalidade e menor necessidade de revascularizações futuras, especialmente em pacientes com DAC avançada. Além disso, a cirurgia mostrou-se superior à intervenção coronária percutânea em termos de proteção contra eventos cardíacos recorrentes, como infarto do miocárdio.
Entretanto, a CRM em pacientes diabéticos está associada a maiores taxas de complicações pós-operatórias, como infecções profundas de feridas, insuficiência renal aguda e necessidade de ventilação invasiva prolongada. Esses riscos foram particularmente elevados em pacientes com controle glicêmico inadequado, evidenciado por altos níveis de hemoglobina glicada (HbA1c). O estudo destacou que diabéticos com controle metabólico otimizado apresentaram melhores desfechos e menor incidência de complicações, reforçando a importância de um manejo glicêmico eficaz no período pré-operatório.
Embora a idade avançada, comorbidades e o uso de insulina também tenham sido associados a maior risco de complicações, os resultados gerais indicam que a CRM continua sendo uma opção eficaz para pacientes diabéticos com DAC complexa. O artigo conclui que o sucesso da CRM em pacientes diabéticos depende de um rigoroso controle metabólico e destaca a necessidade de personalização do manejo clínico para minimizar riscos e otimizar os benefícios do procedimento.
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