Resumo
O uso de cirurgia robótica em doenças cardíacas valvulares tem ganhado destaque como uma abordagem minimamente invasiva, oferecendo benefícios significativos em comparação aos métodos convencionais. Estudos modernos exploram os avanços tecnológicos que permitem maior precisão, menor trauma tecidual e recuperação mais rápida. Os sistemas robóticos, como o Da Vinci, proporcionam aos cirurgiões maior destreza, visão tridimensional ampliada e maior controle durante os procedimentos, fatores que são cruciais para o sucesso em reparos e substituições valvulares.
Pesquisas mostram que a cirurgia robótica está associada a menores taxas de complicações, menor tempo de internação hospitalar e retorno mais rápido às atividades diárias. Esses procedimentos minimamente invasivos também estão relacionados a menor dor pós-operatória e menor risco de infecções, sendo particularmente vantajosos para pacientes idosos ou com comorbidades.
Além disso, revisões sistemáticas destacam que a cirurgia robótica em doenças valvulares cardíacas apresenta resultados clínicos comparáveis ou superiores aos métodos tradicionais, com redução de mortalidade e melhora da qualidade de vida dos pacientes. No entanto, a implementação dessa tecnologia requer treinamento especializado e infraestrutura adequada, sendo essencial avaliar cuidadosamente sua aplicabilidade em cada caso.
Portanto, a adoção de abordagens robóticas em doenças cardíacas valvulares representa um avanço promissor, reforçando a importância de uma prática médica orientada por evidências e centrada no paciente.
Referências
ARGHAMI, A. et al. Robotic mitral valve repair: a decade of experience with echocardiographic follow-up. Annals of Thoracic Surgery, v. 114, n. 5, p. 1587–1595, 2022.
BALKHY, H. H. et al. A shifting paradigm in robotic heart surgery: from single-procedure approach to establishing a robotic heart center of excellence. Innovations, v. 15, n. 3, p. 187–194, 2020.
BARAC, Y. D. et al. Sustained results of robotic mitral repair in a lower volume center with extensive minimally invasive mitral repair experience. Journal of Robotic Surgery, v. 16, p. 199–206, 2022.
FUJITA, T. et al. Benefits of robotically-assisted surgery for complex mitral valve repair. Interactive CardioVascular and Thoracic Surgery, v. 32, p. 417–425, 2021.
KITAHARA, H. et al. Minimally invasive mitral valve surgery with or without robotics: examining the evidence. Journal of Cardiac Surgery, v. 37, p. 3276–3278, 2022.
MORI, M. et al. Robotic mitral valve repair for degenerative mitral regurgitation. The Annals of Thoracic Surgery, v. 117, p. 96–105, 2024.
SENAY, S. et al. Robotic mitral valve surgery with intracardiac ultrasound-guided septal myectomy. The Annals of Thoracic Surgery, v. 114, p. e59–e61, 2022.
WEI, S. et al. Comparison of clinical outcomes between robotic and thoracoscopic mitral valve repair. Cardiovascular Diagnosis and Therapy, v. 10, n. 5, p. 1167–1174, 2020.
YOSHIKAWA, Y. et al. Safe launch of a robotically assisted mitral valve repair program in a single center: experience of initial 20 cases under the Center for Minimally Invasive Surgery. Journal of Artificial Organs, v. 26, n. 3, p. 226–232, 2023.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Yasmin Mamede Suleiman, Giovanni Rodas Glanzmann, Isabella Pimentel Mello Padovani, Nicolas Rodrigues Danjo, Lorena de Paula Godoy , Luís Eduardo Damasco Goya ; Ana Carolina de Domit Campelo; Pedro Henrique Loureiro Pinto, Natalia Pagel Rosa, Matheus Falcão Favero