DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE À PRESERVAÇÃO DE VESTÍGIOS FORENSES: ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DIANTE DAS VÍTIMAS POR ARMA DE FOGO E ARMA BRANCA
PDF

Palavras-chave

Pessoal de saúde. Ciências Forenses. Emergência.

Como Citar

Silva, J. de O. M., Olímpio, A., Saad, K. R., Andrade, E. L., Capeloa, C. N., Reis, M. J. dos, Ocon, C. A., Isabella, A. P. J., Pitanga, F. S., Leal, M. R., Braga, C., Marreira, M., Gaspar, M. A. D., Muniz, C. C. S., Filoni, E., Santos, V. S., Melo, C. M. de, Santos, R. E. V. dos, & Koike, M. K. (2023). DA ASSISTÊNCIA A SAÚDE À PRESERVAÇÃO DE VESTÍGIOS FORENSES: ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DIANTE DAS VÍTIMAS POR ARMA DE FOGO E ARMA BRANCA. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 5(4), 1280–1293. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n4p1280-1293

Resumo

Introdução: A equipe de enfermagem dos serviços de urgência /emergência frequentemente atende vítimas por arma de fogo e branca, dessa forma, esses profissionais possuem grandes oportunidades para preservar adequadamente os vestígios forenses presentes no corpo da vítima e colaborar com a investigação criminal. Objetivo: objetivou-se analisar a atuação e conhecimento de enfermeiros e técnicos de enfermagem na preservação de vestígios forenses da vítima de violência por arma de fogo e arma branca atendida em um hospital de referência para urgências/emergências no Nordeste do Brasil, elencando as dificuldades dos profissionais de saúde quanto à identificação, coleta e preservação dos vestígios forenses nas vítimas. Métodos: trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado no período de 2017 a 2018. Resultados: A maior parte dos enfermeiros e dos técnicos de enfermagem executam menos de 50% do total das ações propostas no questionário (81,8% e 85,2%), bem como desconhecem menos da metade dos procedimentos (87,9% e 90,9%). Ao comparar as respostas dos três grupos de perguntas (documentação, preservação e coleta), percebeu-se que os procedimentos relacionados a documentação são os mais e executados e conhecidos pelos enfermeiros quando comparado aos técnicos de enfermagem. Conclusão: Embora enfermeiros e técnicos de enfermagem percebam a importância de medidas para a preservação de vestígios de vítimas de violência por arma de fogo e arma branca, poucos deles executam os procedimentos necessários para a preservação dos vestígios forenses. Além disso, os achados da pesquisa destacam que o conhecimento deficiente sobre os procedimentos a serem realizados foi diretamente proporcional à sua execução.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n4p1280-1293
PDF

Referências

ASCI, O.; HAZAR, G.; SERCAN, I. The approach of prehospital health care personnel working at emergency stations towards forensic cases. Turkish journal of emergency medicine, v. 15, n. 3, p. 131-135, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Viva: Vigilância de Violências e Acidentes: 2013 e 2014. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 218 p. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/viva_vigilancia_violencia_acidentes_2013_2014.pdf>. Acesso em: 05 de abril de 2019.

COELHO, M. A. A. Impacto da formação em ciências forenses. 2013. Dissertação (Mestrado) - Escola Superior de Saúde de Viseu, Portugal, 2013. Disponível em: <http://repositorio.ipv.pt/handle/10400.19/2079>. Acesso em: 05 de abril de 2019.

COSTA, N. B. Atitude Médica Perante Uma Vítima De Ferimento Por Arma De Fogo: Como Proceder. 2010. Dissertação (Mestrado) – Universidade de Porto, Portugal, 2010. Disponível em: <https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/53698/2/Atitude%20Mdica%20Perante%20uma%20Vtima%20de%20Ferimento%20por%20Arma%20de%20Fogo%20%20Como%20Proceder.pdf> Acesso em: 28 de março de 2019.

DAVIS, A. B. et al. The role of epidemiology in firearm violence prevention: a Policy Brief. International Journal Of Epidemiology, v. 47, n. 4, p.1015-1019, 2018. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1093/ije/dyy059>. Acesso em: 05 de março de 2019.

FORESMAN-CAPUZZI, J. CSI & U: collection and preservation of evidence in the emergency department. J Emerg Nurs, v. 40; n. 3, p. 229-236, 2014. Disponível em: <https://www.jenonline.org/article/S0099-1767(13)00186-4/abstract> Acesso em: 28 de março de 2019.

GOMES, C. I. A. Preservação dos vestígios forenses: conhecimentos e práticas dos Enfermeiros do Serviço de Urgência e/ou Emergência. 2016. Dissertação (Mestrado) - Universidade de Coimbra, Portugal. Disponível em:< https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/36819> Acesso em: 05 de março de 2019.

GONÇALVES, S. I. F. Vivências dos Enfermeiros na Manutenção de Provas Forenses no Serviço de Emergência. 2011. Dissertação (Mestrado) - Universidade do Porto, Portugal, 2011.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA - IPEA. Forúm Brasileiro de Segurança Pública. Atlas da Violência 2017. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/2/2018>. Acesso em: 15 de agosto de 2018.

MARTINS, D. C. et al. Violência: Abordagem, Atuação E Educação Em Enfermagem. Ciências Biológicas e de Saúde. v. 4, p. 155-168, 2017. Disponível em: <https://periodicos.set.edu.br/index.php/cadernobiologicas/article/view/4603> Acesso em: 15 de dezembro de 2018.

PEEL, M. Opportunities to preserve forensic evidence in emergency departments. Emergency Nurse, v 24, n. 7, p. 20-26, 2017. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27830595>. Acesso em: 05 de outubro de 2018.

PEREIRA, J. S. Enfermagem Forense no Centro Hospitalar de Leiria Realidade dos Serviços de Urgência. Instituto Politécnico De Leiria. Escola Superior De Saúde De Leiria. 2017. Disponível em: <https://iconline.ipleiria.pt/handle/10400.8/3064> Acesso em: 05 de abril de 2019.

ROSA, C. T. A. Os vestígios psicológicos ou comportamentais na cena de crime: uma evidência subutilizada no arcabouço pericial brasileiro. Revista Brasileira de Criminologia, v. 4, n. 3, p. 15-27, 2015. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/307812758_Vestigios_Psicologicos_ou_Comportamentais_na_Cena_de_Crime_uma_Evidencia_Subutilizada_no_Arcabouco_Pericial_Brasileiro> Acesso em: 20 de março de 2019.

ROSA, R. Violência: conceito e vivência entre acadêmicos da área da saúde. Interface Comun. Saúde Educ. v. 14, n. 32, p. 81-90, 2010. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-32832010000100007&script=sci_abstract> Acesso em: 05 de outubro de 2018.

ROZENFELD, M. et al. The correlation between stabbing-related upper extremity wounds and survival of stabbing victims with abdominal and thoracic injuries. Injury, v. 48, n. 7, p. 1522-1526, 2017. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.injury.2017.04.059> Acesso em: 05 de março 2019.

SILVA, C. J. C. Os Enfermeiros e a preservação de vestígios perante vítimas de agressão sexual, no serviço de urgência. 2010. Dissertação (Mestrado) - Universidade do Porto, Portugal, 2010.

ZANATTA, E. A. et al. Violência no Âmbito da Formação em Saúde: Estudo Bibliométrico. Revista saúde – UNG, v. 9, p. 3-4, 2015. Disponível em: <http://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/2142> Acesso em:15 de abril de 2019.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Juliana de Oliveira Musse Silva, Aloísio Olímpio, Karen Ruggeri Saad, Erinaldo Luiz Andrade, Cristina Nunes Capeloa, Maria José dos Reis, Carlos Alberto Ocon, Adriana Paula Jordão Isabella, Fernanda Sebastiana Pitanga, Magda Rodrigues Leal, Cristina Braga, Marcelo Marreira, Maria Aurora Dias Gaspar, Cláudia Cristina Soares Muniz, Eduardo Filoni, Victor Santana Santos, Claudia Moura de Melo, Rodrigo Emanuel Viana dos Santos, Marcia Kiyomi Koike