Aspectos radiológicos e etiopatogênicos, associados ao manejo terapêutico da Displasia do desenvolvimento do quadril infantil
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Palavras-chave

Displasia do Quadril; Quadril; Radiologia; Etiologia; Diagnóstico; Terapêutica.

Como Citar

Scheer Becker Marques, W., Giffoni, A., Araújo Fernandes Ribeiro, T., de Holanda Macedo, M., Torres e Silva, P. C., de Almeida Silva Tobias de Barros, G. F., Zaccaria Ribeiro, L., Pimentel Albernas Zaramella, R., Tinoco Silveira, L., & Oliveira da Silva, D. (2025). Aspectos radiológicos e etiopatogênicos, associados ao manejo terapêutico da Displasia do desenvolvimento do quadril infantil. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 7(1), 21–32. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n1p21-32

Resumo

Introdução: A Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) varia de instabilidades leves a luxações completas, influenciada por fatores genéticos, mecânicos e hormonais. Grupos de risco específicos, como recém-nascidos do sexo feminino, com apresentação pélvica e histórico familiar, demandam diagnósticos precoces usando ultrassonografia, radiografia e ressonância magnética para reduzir complicações e custos no sistema de saúde. Objetivo: Este estudo busca revisar o conhecimento atual sobre a DDQ, focando em avanços recentes em diagnósticos por imagem e estratégias terapêuticas para melhorar práticas clínicas e estabelecer diretrizes de intervenção eficazes. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura exploratória e qualitativa nas bases de dados PubMed, MedlinePlus, SciELO, LILACS e Google Acadêmico, cobrindo publicações de 2018 a 2023. Foram selecionados estudos que abordavam etiologia, diagnóstico e tratamento da DDQ, utilizando descritores relacionados e excluindo pesquisas anteriores a 2018 e aquelas não diretamente relacionadas ao tema. De 20 estudos identificados, 9 foram analisados em profundidade. Resultados e Discussão: A DDQ é impactada por múltiplos fatores, com destaque para riscos associados a gênero e posição fetal. O diagnóstico envolve avaliação clínica e suporte de imagens, como ultrassonografia nos primeiros seis meses, seguida por radiografias e ressonância magnética. No tratamento, órteses de abdução são efetivas no início; casos complexos podem requerer cirurgias para corrigir a anatomia. O uso de técnicas cirúrgicas inovadoras e anti-inflamatórios no pós-operatório mostram resultados promissores, embora necessitem de monitoramento continuado. Considerações Finais: O manejo eficaz da DDQ requer uma abordagem multidisciplinar envolvendo pediatras, ortopedistas, radiologistas e enfermeiros, crucial para o diagnóstico e tratamento adequados. Avanços tecnológicos em diagnóstico por imagem e cirurgia têm melhorado os desfechos, mas ainda são necessários estudos adicionais para preencher as lacunas no entendimento dos mecanismos subjacentes à DDQ. A implementação de protocolos de rastreamento e intervenções terapêuticas personalizadas são fundamentais para garantir a qualidade de vida das crianças afetadas.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n1p21-32
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