Resumo
Introdução: Às abordagens minimamente invasivas (AMIs) na cirurgia plástica facial têm ganhado destaque nas últimas décadas, impulsionadas pela demanda crescente por procedimentos que ofereçam resultados estéticos satisfatórios com menor trauma cirúrgico. Essas técnicas visam não apenas a melhoria estética, mas também a redução das complicações associadas e o tempo de recuperação, aspectos cruciais para a satisfação do paciente. Objetivos: O principal objetivo deste artigo é revisar as técnicas minimamente invasivas utilizadas na cirurgia plástica facial, avaliando suas eficácias, riscos e benefícios em comparação com as técnicas cirúrgicas convencionais. Além disso, busca-se identificar lacunas na literatura e sugerir direções futuras para pesquisas nesse campo. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura utilizando bases de dados como BVS, Medline, PubMed, LILACS e Google Scholar. Os critérios de inclusão abrangeram estudos que abordassem técnicas minimamente invasivas na cirurgia plástica facial, publicações nos últimos dez anos e que apresentassem dados sobre eficácia, segurança e satisfação do paciente. A análise dos dados foi realizada de forma qualitativa, com foco nas comparações entre as AMIs e as abordagens tradicionais. Resultados: Os resultados da revisão indicam que as AMIs, como a aplicação de toxina botulínica, preenchimentos faciais e técnicas de lifting com fios, demonstram eficácia significativa em termos de resultados estéticos e satisfação do paciente. Estudos mostram que essas técnicas resultam em menos dor, menor tempo de recuperação e cicatrizes menos visíveis em comparação com as cirurgias tradicionais. No entanto, também foram identificados riscos associados, como complicações locais e insatisfação do paciente, especialmente quando as expectativas não são geridas adequadamente. Conclusão: As abordagens minimamente invasivas na cirurgia plástica facial representam um avanço significativo na prática cirúrgica, proporcionando benefícios substanciais em termos de recuperação e resultados estéticos. Contudo, é fundamental que os profissionais de saúde realizem uma avaliação cuidadosa dos pacientes e gerenciem suas expectativas para minimizar riscos e insatisfações. A continuidade da pesquisa e a formação adequada dos cirurgiões são essenciais para a evolução e a segurança dessas técnicas.
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