O papel dos neuromoduladores e da estimulação cerebral profunda (ECP) no tratamento do transtorno bipolar refratário
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Palavras-chave

"refractory bipolar disorder", "deep brain stimulation", "neuromodulators", "treatment", and "therapeutic effects".

Como Citar

D’ Ricolli Rebouças Rocha, R., Felício de Oliveira, S., Pereira Procópio, D., Ferreira Saddi, I., Steven Janse Silva, R., Christye Faria Neves, L., Siqueira de Oliveira Faria, M., Silveira Leão, B., Maísa de Melo, F., Abreu Forti, R., Cipriano Vanini Tupinambá de Oliveira, C., & Trigueiro e Silva, Álvaro. (2024). O papel dos neuromoduladores e da estimulação cerebral profunda (ECP) no tratamento do transtorno bipolar refratário. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(11), 3787–3902. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n11p3787-3902

Resumo

Introdução: O transtorno bipolar refratário é uma condição psiquiátrica complexa caracterizada pela persistência de episódios maníacos e depressivos, que não respondem adequadamente a tratamentos convencionais, como medicamentos estabilizadores de humor e antidepressivos. Esse quadro resulta em comprometimento funcional grave, com impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Avaliar o papel dos neuromoduladores e da estimulação cerebral profunda no tratamento do transtorno bipolar refratário, analisando sua eficácia, mecanismos de ação e segurança com base em estudos recentes. Metodologia: A pesquisa seguiu as diretrizes do checklist PRISMA para revisões sistemáticas. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science, utilizando os descritores "transtorno bipolar refratário", "estimulação cerebral profunda", "neuromoduladores", "tratamento", e "efeitos terapêuticos". A seleção de artigos foi restrita aos últimos dez anos. Os critérios de inclusão foram: estudos clínicos sobre o uso de DBS em transtorno bipolar refratário, pesquisas que investigaram neuromoduladores como terapias adicionais, e artigos publicados em inglês, português ou espanhol. Foram excluídos estudos com amostras pequenas, revisões não sistemáticas e artigos que não apresentaram dados relevantes sobre os efeitos terapêuticos dessas intervenções. Resultados: Os resultados indicaram que tanto a DBS quanto os neuromoduladores mostraram ser terapias promissoras no tratamento do transtorno bipolar refratário. A DBS, especialmente quando direcionada ao núcleo accumbens e a outras áreas envolvidas na regulação emocional, demonstrou reduzir os sintomas de mania e depressão em vários estudos clínicos. Os neuromoduladores, como os que afetam os sistemas dopaminérgico e serotoninérgico, também mostraram eficácia em alguns pacientes, mas com resultados menos consistentes. Conclusão: Tanto a estimulação cerebral profunda quanto os neuromoduladores têm mostrado potencial no tratamento do transtorno bipolar refratário, apresentando melhorias no controle dos sintomas em pacientes resistentes a tratamentos convencionais. No entanto, mais estudos clínicos de longo prazo são necessários para consolidar as evidências de sua eficácia e segurança, além de otimizar os protocolos de tratamento.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n11p3787-3902
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