TERAPIAS DE INTERVENÇÃO NA OFTALMOPATIA DE GRAVES: UMA REVISÃO SOBRE EFETIVIDADE E MECANISMOS
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Palavras-chave

Oftalmopatia de Graves
Terapêutica
Tratamento biológico
Administração de caso

Como Citar

Richardt de Carvalho, E., Facchin Bidoia, I., Vinicius Cabral Lopes, A., Carolina Munaro Coelho , A., Schmidt Leal, B., Mercúrio Barrera, V., de Geus Ribeiro, H., & Cristina Mesti Duarte , J. (2024). TERAPIAS DE INTERVENÇÃO NA OFTALMOPATIA DE GRAVES: UMA REVISÃO SOBRE EFETIVIDADE E MECANISMOS. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(11), 1783–1797. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n11p1783-1797

Resumo

A Oftalmopatia de Graves (OG) é uma patologia oftalmológica essencialmente autoimune, mas ainda não muito elucidada nas evidências científicas. Seu acometimento leva prejuízos oftalmológicos funcionais e estéticos, e o tratamento deve ser avaliado de acordo com os parâmetros de apresentação de cada paciente. Este artigo tem por objetivo realizar uma análise da literatura vigente sobre a efetividade e mecanismos envolvidos nas opções de tratamento para a oftalmopatia. Para isso realizou-se buscas nas bases Index Scielo, PubMed e BVS com os descritores buscadores “Oftalmopatia de Graves”, “Terapêutica”, “Tratamento biológico” e “Administração de caso”. Apenas textos disponíveis gratuitamente, publicados nos últimos 5 anos e redigidos nos idiomas inglês, português e espanhol foram selecionados. Com os critérios de inclusão e exclusão aplicados na estratégia de busca, 10 artigos foram elegidos para a composição da revisão bibliográfica. Dentre os achados, as terapias com glicocorticóides e imunobiológicos são as primeiras escolhas e também aquelas com melhor embasamento. Ademais, outras classes farmacológicas como as estatinas estão sendo avaliadas para o tratamento em questão. A modalidade cirúrgica apresentou poucas evidências, e é utilizada nos casos em que os fármacos falham. Conclui-se que a compreensão dos mecanismos fisiopatológicos é essencial na construção de terapias eficazes para o controle da doença. Ainda existem lacunas que impedem o estabelecimento de terapias fortemente consolidadas, além da falta de evidências a respeito das intervenções cirúrgicas. Espera-se que estudos futuros abordem tais lacunas evidenciadas na revisão.  

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n11p1783-1797
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