Análise das Principais Estratégias de Promoção ao Aleitamento Materno na Atenção Primária à Saúde
PDF

Palavras-chave

Aleitamento Materno
Lactente
Cuidados de Enfermagem

Como Citar

Amorim , M. V., Souza , T. R. R. de, Do Ó, T. de A. L. F., Silva, E. A. da, Spinelli , C. B., Alves , E. R., Lima , J. R. de, Silva , R. S. da, Vasconcelos , T. R. C., Santos , R. S. dos, Lisboa, A. de C., Pereira Filho , F., Simões, V. de S., Silva, J. A. B. da, Neves, R. T. F., Rabelo , J. B., & Lima, S. R. B. (2023). Análise das Principais Estratégias de Promoção ao Aleitamento Materno na Atenção Primária à Saúde. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 5(4), 951–974. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n4p951-974

Resumo

Introdução: O leite humano é fundamental para o desenvolvimento da saúde do recém-nascido (RN), pois é um alimento rico em nutrientes. O enfermeiro deve prestar um atendimento acolhedor e humanizado à mulher primípara, orientando sobre o Aleitamento Materno, a posição mais adequada para a melhor pega ao seio e sobre a suficiência do leite humano. Objetivo: Caracterizar estratégias de Promoção ao Aleitamento Materno na Atenção Primária em Saúde. Método: Foi realizada uma Revisão Integrativa de consultas nas bases de dados: BVS, PubMed, Medline, Lilacs. Descritores foram utilizados individualmente ou combinados. Foram resgatados n=749 artigos, dos quais, n=45 foram submetidos aos critérios de inclusão e de exclusão e n=08 artigos entraram para a análise. Resultados: A atuação profissional em clínica ampliada e articulada às políticas facilita a tomada de decisão; qualifica o serviço multidisciplinar para assistir na produção láctea e prevenir e tratar traumas, mastite, ingurgitamento mamário entre outras que podem ser preditivas ao desmame precoce. O atendimento Home Care e as visitas sistemáticas domiciliares em áreas pré-definidas de monitoramento e de acompanhamento identificam os fatores de risco do desmame precoce. A articulação das diversas políticas públicas: favorece a atuação em rede neural; garante eficiência na orientação o AME até os 06 meses e AM até os 02 anos; fortalece os vínculos entre os profissionais de saúde e as lactantes; qualifica a sistematização de dados; fortalece o controle social nos conselhos municipais, estaduais e nacional saúde; promove as ações educativas direcionadas a população mais vulnerável às barreiras psicossociais do desmame precoce; fortalece a Gestão da Atenção Primária à Saúde. Conclusões: A Educação Permanente em Saúde, a Teleamamentação, a Visita Domiciliar, a articulação política, a rede de apoio, a priorização das Estratégias de AM no Plano Municipal de Saúde, as ações educativas nas escolas, a atuação em Rede em clínica ampliada multiprofissional promove, capacita e qualifica para realizar visitas e consultas de triagem, acompanhamento, encaminhamento, referenciamento e orientação de cuidados; auxilia no monitoramento, vigilância, detecção, prevenção e mitigação das barreiras do AM.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n4p951-974
PDF

Referências

ARAÚJO, BBM de et al. Prática social da enfermagem na promoção do cuidado materno ao prematuro na unidade neonatal. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 27, 2018.

BAIER, Marlene Pires et al. Aleitamento materno até o sexto mês de vida em municípios da Rede Mãe Paranaense. Rev. Enferm. UERJ, Rio de Janeiro, v. 28: e51623, jan - dez, 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2020.51623.

BAPTISTA, Suzana de Souza et al. Manejo clínico da amamentação: atuação do enfermeiro na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Rev. Enferm. UFSM, Santa Maria/RS, v. 5, n. 1, p. 23-31, Jan/Mar, 2015. Doi: 10.5902/2179769214687

BARBOSA, DFR; REIS, RP. O enfermeiro no incentivo ao aleitamento materno. Revista Eletrônica da Estácio Recife, v. 6, n. 1, 2020.

BARRETO, Mariana Santos. Estudo avaliativo sobre o processo e efeitos da implantação da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil no âmbito municipal. Dissertação (mestrado) apresentada PMPSC-SP. São Paulo: CRH/SES-SP, 2018.

BELEMER, LCC; FERREIRA, WFS; OLIVEIRA, EC. Assistência de enfermagem na manutenção do aleitamento materno. Revista de Atenção à Saúde, v. 16, n. 58, 2018.

BELTRAME, Carlos Henrique et al. Vivência das mães no seguimento do recém-nascido: um estudo fenomenológico. Online braz. j. nurs. v. 18, n. 2, jun. 2019.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. AGOSTO DOURADO: Leite materno passa por transformações de acordo com cada etapa de desenvolvimento do bebê. Amamentação traz benefícios para a saúde da mulher e da criança. Brasília: MS, Publicado em 05/08/2022 10h34 Atualizado em 03/11/2022 12h03. Disponível em: . Acesso em: 30 nov. 2022.

____. VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução n. 36, de 03 de junho de 2008. Dispõe sobre Regulamento Técnico para Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal. Brasília: MS, 2008.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos de Atenção Básica, n° 32. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. AGOSTO DOURADO: Leite materno passa por transformações de acordo com cada etapa de desenvolvimento do bebê. Amamentação traz benefícios para a saúde da mulher e da criança. Brasília: MS, Publicado em 05/08/2022 10h34, Atualizado em 03/11/2022 12h03. Disponível em: . Acesso em: 30 nov. 2022.

Brasil. Ministério da Saúde. Todos pela amamentação. Campanha incentiva o aleitamento materno no Brasil. 2022.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção humanizada ao recém-nascido : Método Canguru : manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 3. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017.

BUARQUE, V. et al.The influence of support groups on the family of risk newborns and on neonatal unit workers. J Pediatr, Rio de Janeiro, v. 82, p. 295-301, 2006.

BUSCH, Débora W.; SILBERT-FLAGG, Joana. Breastfeeding Plan of Care for the late preterm Infant from birth through discharge. The Journal of Perinatal & Neonatal Nursing, v. 35, n. 2, p.:169-176, abr-jun., 2021. Doi:10.1097/JPN.000000000000054.

CANÁRIO, Marcia Aparecida dos Santos Silva et al. O vivido de mulheres no puerpério: (des)continuidade da assistência na Maternidade e Atenção Primária. Ciênc. cuid. saúde, v. 20, 2021, http://dx.doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v20i0.55440.

CHAVES, A. F. L. et al. Self-effectiveness in breast-feeding between mothers of premature babies/Autoeficácia em amamentar entre mães de bebês prematuros. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, v. 13, p. 262-267, 2021.

COSTA, Felipe dos Santos et al. Promoção do aleitamento materno no contexto da Estratégia de Saúde da Família. Revista Rede de Cuidados em Saúde, v. 13, n. 1, 2019.

DOMINGUEZ, C. C. et al. Dificuldades no estabelecimento da amamentação: visão das enfermeiras atuantes nas unidades básicas de saúde. Revista Enfermagem UERJ, v. 25, p. 14448, 2017.

FASSARELLA, Bruna Porath Azevedo et al. Percepção da equipe de enfermagem frente ao aleitamento materno: do conhecimento e implementação. Nursing, v. 21, n. 247, p. 2489-2493, 2018.

FERREIRA, Hellen Lívia Oliveira Catunda et al. Fatores associados à adesão ao aleitamento materno exclusivo. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 683-690, 2018. https://doi.org/10.1590/1413-81232018233.06262016.

GRIFFIN, Cristiane Maria da Conceição et al. LATCH como ferramenta sistematizada para avaliação da técnica de amamentação na maternidade. Acta Paulista de Enfermagem, v. 35, n. eAPE03181, 2022. https://doi.org/10.37689/acta-ape/2022AO03181.

HIGASHI, Giovana Callegaro et al. Práticas de enfermeiros e a influência sociocultural na adesão ao aleitamento materno. Revista Baiana de Enfermagem‏, v. 35, n. e38540, 2021. http://dx.doi.org/10.18471/rbe.v35.38540.

ICHISATO, S. M. T. ; SHIMO, A. K. K. Aleitamento materno e as crenças alimentares. Rev Latino Am Enferm. v. 9, n. 5,p. 70-6, 2001.

IZIDORO, Natália Oliveira, et al. Prevalência de aleitamento materno e fatores associados entre mães adolescentes de Governador Valadares, Minas Gerais. HU rev., v.48, p. 1-8, 2022. DOI: 10.34019/1982-8047.2022.v48.35587.

JUNG, Silvana Mendes; RODRIGUES, Fernanda Araújo; HERBER, Silvani. Contato pele a pele e aleitamento materno: experiências de puérperas. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, v. 10, n. 10:e3657, 2020. DOI: http://doi.org/10.19175/recom.v10i0.3657.

LEAL, Maria do Carmo et al. Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em

mulheres brasileiras de risco habitual. DEBATE- Cad. Saúde Pública, v. 30, Suppl. 1, Ago., 2014. https://doi.org/10.1590/0102-311X00151513.

LOPES, Ana Aline da Silva et al. Percepção das puérperas acerca das orientações de enfermagem quanto ao aleitamento materno. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 7, p. 50581-50596, 2020. DOI: 10.34117/bjdv6n7-636

LUCENA, D. B. A. et al. Primeira semana saúde integral do recém-nascido: ações de enfermeiros da Estratégia Saúde da Família. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 39, 2018.

MARCHIORI, G. R. S. et al. Saberes sobre processo de enfermagem no banco de leite humano. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 27, n. 2, p. e0390016, 2018.

MARTINS, D.P. et al. Conhecimento de nutrizes sobre aleitamento materno: contribuições da enfermagem. Revista de enfermagem UFPE online, p. 1870-1878, 2018.

MERCADO, N. C. et al. Cuidados e orientações de enfermagem às puérperas no alojamento conjunto. Revista de enfermagem UFPE online, p. 3508-3515, 2017.

MARIOT, Márcia Dornelles Machado; SANTO, Lílian Cordova do Espírito Santo; RIEGEL, Fernando Riegel. Implementação da estratégia amamenta e alimenta Brasil: percepções dos tutores. Rev Enferm UFPI, v. 9:e8269, 2020. doi: 10.26694/2238-7234.914-10.

MISITA, Dragana et al. An exploration of differences in infant feeding practices among women with and without diabetes in pregnancy: A mixed-methods study. Diabet Med ; v. 38, n. 11: e14635, 15 jul., 2021. https://doi.org/10.1111/dme.14635.

MORAIS, C.; GUIRARDI, S. N.; MIRANDA, J. O. F.. Práticas de aleitamento materno em unidade de terapia intensiva neonatal. Revista Baiana de Enfermagem‏, v. 34, 2020.

NASCIMENTO, A. M. et al. Atuação do enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família no incentivo ao aleitamento materno durante o período pré-natal. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 21, p. e667-e667, 2019.

NEIFERT, Marianne;BUNIK, Maya. Overcoming clinical barriers to exclusive breastfeeding. Pediatr Clin North Am. v. 60, n. 1, p. 115-45, feb. 2013. doi: 10.1016/j.pcl.2012.10.001.

OCHAPA, Monica et al. The role of doulas in providing breastfeeding support during the COVID-19 pandemic. Int Breastfeed J., v. 18, n. 23, 21 april, 2023. DOI: 10.1186/s13006-023-00558-0

PALHETA, Q. A. F.; AGUIAR, M. F. R.. Importância da assistência de enfermagem para a promoção do aleitamento materno. Revista Eletrônica Acervo Enfermagem, v. 8, p. e5926-e5926, 2021.

PRADO, Claudia et al. Teleamamentação no Programa Nacional de Telessaúde no Brasil: a experiência da Telenfermagem. Relato de Experiência. Rev. Esc Enferm., USP v.47, n. 04, 990-996, ago. 2013. https://doi.org/10.1590/S0080-623420130000400031

SARDINHA, D. M. et al. Promoção do aleitamento materno na assistência pré-natal pelo enfermeiro. Revista de enfermagem UFPE online, p. 852-857, 2019.

SAYRES Stephanie; VISENTIN Lisa. Breastfeeding: uncovering barriers and offering solutions. Curr Opin Pediatr. v. 30, n. 4, p.591-596, aug. 2018. DOI: 10.1097/MOP.0000000000000647.

SILVA, Ednaldo Antonio da. EPS - educação permanente em saúde em movimento: Um Trabalho em Rede num Município do Estado de Pernambuco. Monografia (Especialização) em Educação Permanente em Saúde e Movimento na Modalidade Semipresencial, apresentada na Escola de Enfermagem. Porto Alegre/Recife: Fiocruz/PE - Aggeu Magalhães, 2015.

SILVA, Ednaldo Antonio da; Do Ó, Tawana Leite de Freitas; SPINELLI, Claudeny et al.. Práticas Educativas em Saúde de Aleitamento Materno Exclusivo: Um Estudo em UTI Neonatal. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 05, 03, p. 575–608. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n3p575-608.

UBESSI, Liamara Denise et al. Educação Permanente em Saúde: experimentando jeitos de ver, viver, sentir e tecer o Sistema Único de Saúde. Saberes Plurais: Educação na Saúde, v. 5, n. 2, p. 71–80, 2021. DOI: 10.54909/sp.v5i2.118777.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Aleitamento materno: Prevalência e práticas de aleitamento materno em crianças brasileiras menores de 2 anos 4: ENANI 2019. - Documento eletrônico. - Rio de Janeiro, RJ: UFRJ, 2021. (108 p.).

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Milena Vasconcelos Amorim , Thayná Rafaela Rufino de Souza , Tawana de Araújo Leite Freitas Do Ó, Ednaldo Antônio da Silva, Claudeny Barbosa Spinelli , Edivaldo Rosa Alves , José Ronaldo de Lima , Rogéria Soares da Silva , Thaysa Rayana Campelo Vasconcelos , Ranyeli Santana dos Santos , Abelane de Cássia Lisboa, Flávio Pereira Filho , Vaneza de Santana Simões, José Alison Baracho da Silva, Ricardo Tarcísio Feitosa Neves, Josinês Barbosa Rabelo , Solange Rodrigues Belo Lima