Resumo
Este estudo teve como objetivo compreender a atuação do farmacêutico na orientação sobre o uso de medicamentos isentos de prescrição (MIP) e os impactos do uso inadequado desses medicamentos na saúde pública. Por isso, o foco está na promoção do uso racional de MIP, prevenindo os riscos associados à automedicação e destacando o papel do farmacêutico como educador da população. Para isso, a pesquisa utilizou uma revisão bibliográfica baseada em fontes científicas, como PubMed, SciELO e LILACS, revisando artigos e estudos publicados entre 2010 e 2024. Foram analisadas as principais abordagens sobre o uso de MIP, automedicação e as intervenções farmacêuticas para mitigar riscos relacionados. A partir disso, os resultados indicam que a automedicação é uma prática comum no Brasil, com 77% da população utilizando medicamentos sem prescrição. Durante a pandemia de COVID-19, o uso indiscriminado de MIP, como ivermectina e hidroxicloroquina, aumentou significativamente, levando a complicações de saúde, como intoxicações, resistência bacteriana e internações hospitalares. A atuação do farmacêutico, por meio de orientações e campanhas educativas, demonstrou eficácia na redução desses riscos, principalmente em grupos vulneráveis, como idosos. Por fim, conclui-se que o papel do farmacêutico é indispensável na prevenção dos riscos associados ao uso inadequado de MIP. A presença constante do farmacêutico nas farmácias e a promoção de campanhas de conscientização são essenciais para o uso responsável de medicamentos. Além de garantir a segurança dos pacientes, essas ações ajudam a reduzir os custos com internações e tratamentos emergenciais, promovendo um sistema de saúde mais sustentável e eficiente.
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