Resumo
O objetivo do estudo foi avaliar, por meio de um questionário já validado, o perfil psicopatológico e alterações comportamentais em pacientes com queixa de halitose que buscaram atendimento na clínica de Odontologia do Centro Universitário da Serra Gaúcha – FSG. A obtenção dos dados ocorreu com 50 pacientes, através de um questionário com perguntas objetivas, com o propósito de avaliar quais as alterações psicológicas presentes frente à halitose. Constatou-se que 68% dos indivíduos eram do sexo feminino, com uma idade média de 28,2 anos, a maioria dos pacientes possuíam ensino médio completo (30%) e ensino superior incompleto (26%). Uma proporção substancial dos entrevistados afirmou ter pensamentos de insegurança em relação ao mau hálito (78%). Adicionalmente, observou-se que os pacientes apresentavam certos comportamentos destinados a ocultar a halitose e declararam que sua autoestima seria significativamente aprimorada caso essa questão fosse solucionada. Contudo, muitos afirmaram que a halitose não tem impactado sua vida social, profissional e afetiva. Com base nos resultados da pesquisa, foi verificado que a maioria dos participantes entrevistados apresentam alterações psicológicas devido à halitose.
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