Análise dos dados epidemiológicos dos casos de malária nos anos de 2001 e 2022
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Palavras-chave

Malária, Brasil, Epidemiologia, Análise Espaço-Temporal.

Como Citar

Vilany Luz , H., targino de sena, Y., Mendes Costa, A. B., Dantas Murad, A. C., Velton Braga Neto, F., Souza, H. F. de, De Oliveira Fernandes, J. H., Holanda Filho, J. L. de A., do Nascimento Rodrigues Nóbrega, L. M., Nóbrega de Sousa, M. M., do Nascimento Rodrigues Aranha, M. L., & Beserra de Lucena, A. (2024). Análise dos dados epidemiológicos dos casos de malária nos anos de 2001 e 2022. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(10), 3719–3732. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p3719-3732

Resumo

Introdução: A malária é uma doença de relevância global, principalmente em áreas endêmicas, causada pelo parasita Plasmodium, transmitido pela fêmea do mosquito Anopheles. Acredita-se que a malária tenha origem no continente africano e seja transmitida por movimentos populacionais. No Brasil, 99% dos casos ocorrem na Amazônia Legal, região de alta relevância epidemiológica. A pandemia de COVID-19 causou redução de casos em 2019 e 2020, devido à diminuição da mobilidade populacional. Metodologia: O estudo é uma investigação epidemiológica descritiva e retrospectiva, com abordagem quantitativa, com foco nos casos de malária entre 2001 e 2022, especialmente em relação à mobilidade populacional e ao desmatamento na Amazônia. Os dados foram coletados no SIH/SUS e no IBGE, utilizando softwares como o Excel para análise e comparação dos dados. Embora dados específicos sobre desmatamento para esses anos não estejam disponíveis, foram utilizados estudos sobre uso do solo no Bioma Amazônia. Resultados: O Bioma Amazônia passou por mudanças significativas no uso do solo nas primeiras décadas do século XXI, com grande redução da cobertura florestal, principalmente para pastagens manejadas. Essa transformação afeta diretamente a dinâmica de transmissão da malária. Em 2022, 85% dos casos de infecção tiveram origem na Região Norte, mas a maior parte dos infectados vivia fora dessa região, especialmente na Região Centro-Oeste. Em 2001, 80% dos casos também tiveram origem na Região Norte, com o maior número de infectados na Região Sudeste. O aumento de casos foi de 101,6% entre 2001 e 2022, acompanhando um aumento populacional de 19,5%. Considerações Finais: Os dados destacam que a malária não é uma doença restrita a regiões endêmicas, devido à mobilidade populacional. Portanto, as estratégias de controle devem considerar a migração entre regiões. O controle efetivo da malária requer uma abordagem integrada, focada na conscientização e vigilância em áreas de maior fluxo migratório, além de ações coordenadas entre diferentes esferas para evitar a disseminação da doença.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p3719-3732
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Referências

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