ESTUDO ECOLÓGICO DA MORTALIDADE MATERNA EM SERGIPE ENTRE 2018 E 2022: CAUSAS E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
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Palavras-chave

Mortalidade materna

Como Citar

Alves de Souza Santos, G., Martins de Lima Oliveira, D., Alvez Nery, A. B., Pagliari de Faro, C. C., de Azevêdo Moura, G., Santos Souza, J. L., Santos de Menezes, L. R., Barreto Sales, L., Pacheco da Costa, L. F., Menezes Teles, M., Carvalho Costa Batalha, M., & Fonseca Carvalho Silveira, V. (2024). ESTUDO ECOLÓGICO DA MORTALIDADE MATERNA EM SERGIPE ENTRE 2018 E 2022: CAUSAS E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(10), 2970–2982. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p2970-2982

Resumo

A mortalidade materna é o falecimento de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gravidez, devido a causas relacionadas à gestação, excluindo eventos acidentais. O objetivo deste estudo é investigar suas causas e a distribuição geográfica nas Regiões de Saúde de Sergipe entre 2018 e 2022. Trata-se de uma pesquisa ecológica quantitativa que analisou óbitos maternos em Sergipe por 5 anos. Foram analisadas variáveis clínicas, como causas obstétricas e classificações pelo CID-10, além de aspectos demográficos relacionados à localização dos óbitos nas regiões de saúde do estado. Empregou-se o indicador Razão de Mortalidade Materna (RMM), com dados coletados do DATASUS. Além disso, o georreferenciamento proporcionado pelo Google Maps foi utilizado para avaliar a distância e o tempo de deslocamento entre as maternidades das regiões de saúde do estado e a maternidade de alto risco localizada em Aracaju. Foram registrados 117 óbitos maternos no período, resultando em uma taxa de 73,8 óbitos por 100 mil nascidos vivos, com distribuição heterogênea. As Regiões de Saúde de Estância, Nossa Senhora do Socorro e Itabaiana apresentaram as maiores Razões de Mortalidade Materna. As causas diretas predominantes foram síndromes hipertensivas gestacionais e hemorragias pós-parto, além de um aumento nas causas indiretas entre 2020 e 2022, associado à pandemia da COVID-19. A mortalidade materna é um indicador importante das condições de saúde da população - sua redução é fundamental para o desenvolvimento do estado, sendo necessário formular políticas públicas que garantam a segurança das parturientes e melhorem o acesso a práticas adequadas na assistência à saúde das mulheres durante a gestação e o parto.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p2970-2982
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Copyright (c) 2024 Gabriela Alves de Souza Santos, Daniele Martins de Lima Oliveira, Ana Beatriz Alvez Nery, Cynthia Cristina Pagliari de Faro, Guilherme de Azevêdo Moura, Jéssica Larissa Santos Souza, Lays Rejanne Santos de Menezes, Letícia Barreto Sales, Letícia Fernanda Pacheco da Costa, Marcilene Menezes Teles, Matheus Carvalho Costa Batalha, Vanessa Fonseca Carvalho Silveira

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