Palavras-chave
Organofosforados
Intoxicação
Saúde humana
Acetilcolinesterase
TDAH
Autismo
Quociente de inteligência (QI)
Como Citar
Resumo
A agricultura moderna no Brasil depende fortemente de agrotóxicos para garantir alta produtividade, levantando preocupações sobre os impactos desses produtos na saúde humana e no meio ambiente. Os compostos organofosforados, amplamente usados como inseticidas, são particularmente tóxicos e podem causar desde efeitos agudos até doenças crônicas, como lesões cognitivas e cardíacas, afetando principalmente trabalhadores rurais e comunidades vizinhas. Eles agem inibindo a enzima acetilcolinesterase, resultando em acúmulo de acetilcolina e hiperestimulação nervosa, o que provoca paralisia muscular e outros sintomas graves. Além dos efeitos diretos na saúde humana, os organofosforados se acumulam no meio ambiente e persistem de acordo com fatores como temperatura e acidez do solo e da água. Embora regulamentações, como o Decreto 10.833 de 2021, existam para controlar seu uso, o Brasil ainda enfrenta altas taxas de intoxicação, principalmente entre populações vulneráveis, como crianças e gestantes. Estudos mostram que a exposição a esses pesticidas está associada a distúrbios neurológicos, incluindo transtorno de deficit de atenção (TDAH), autismo e quociente de inteligência (QI). Globalmente, 80% a 85% dos casos de câncer estão ligados à exposição a agentes químicos, físicos ou biológicos, incluindo os organofosforados, que, embora eficazes no controle de pragas, são altamente prejudiciais à saúde humana e ambiental. Diante das evidências crescentes sobre seus efeitos adversos, torna-se urgente aprimorar as políticas de segurança e saúde pública relacionadas ao uso desses pesticidas.
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