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Resumo
Este estudo teve como objetivo investigar a variação dos índices epidemiológicos de sífilis no estado do Ceará, Brasil, durante a pandemia de COVID-19, com ênfase na sífilis adquirida, congênita e gestacional. A pesquisa seguiu um delineamento ecológico, descritivo e quantitativo, utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2017 a 2023. Foram coletados dados sobre as taxas de novos casos de sífilis antes (2017-2019) e durante a pandemia (2020-2023), com análise comparativa entre esses períodos. Observou-se uma redução significativa nos diagnósticos de sífilis adquirida em 2020, possivelmente devido à realocação de recursos e à redução de testes durante a pandemia. Em contrapartida, houve aumento nos casos de sífilis congênita e gestacional, sugerindo possíveis lacunas no atendimento pré-natal e nos serviços de saúde reprodutiva. Conclui-se que a pandemia impactou negativamente o controle da sífilis no Ceará, principalmente na detecção precoce e tratamento da sífilis adquirida. Os achados destacam a necessidade de políticas públicas mais eficazes para mitigar o impacto de crises sanitárias no controle de infecções sexualmente transmissíveis.
Referências
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