ATENDIMENTO NEUROCIRÚRGICO DE EMERGÊNCIA EM PACIENTES COM TUMORES CEREBRAIS HEMORRÁGICOS.
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Palavras-chave

tumores cerebrais, Neurocirurgia, Tratamento, Cuidados

Como Citar

Cury, A. S. D., Newton da Silva Nascimento Black, Hugo Henrique dos Santos Dantas Guimarães, Mariah Basem Rodrigues Asperti, Dayane Vianna Kogler, Danielle Ferreira Araújo, Fabiano Rocha de Melo, Natália Heloiza Nesello de Souza, Natã Gomes de Souza, Natan Reis Brito, Naiane Pereira Perri, Wellington Oliveira de Souza Júnior, Moura, D. S. e, Gabriel Gomes de Oliveira, & Fernanda de Oliveira e Reis Charro Quirino. (2024). ATENDIMENTO NEUROCIRÚRGICO DE EMERGÊNCIA EM PACIENTES COM TUMORES CEREBRAIS HEMORRÁGICOS. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(10), 1127–1135. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p1127-1135

Resumo

Os tumores no cérebro são neoplasias que ocorrem dentro do crânio e apresentam um desafio importante nas áreas da neurocirurgia e da neurologia. Sua frequência tem aumentado ao longo do tempo, afetando a saúde pública em todo o mundo. A variedade biológica desses tumores leva a uma ampla gama de manifestações clínicas e a respostas diferentes às opções de tratamento disponíveis. Foi conduzida uma revisão sistemática da literatura usando bases de dados científicas como PubMed, Scopus, Web of Science e Google Scholar. Os termos utilizados nas buscas incluíram "tumores no cérebro", "neoplasias intracranianas", "diagnóstico de câncer cerebral" e "cirurgia para tumores cerebrais". A seleção dos estudos não tinha limitações de idioma ou data, com enfoque em pesquisas que abordassem aspectos específicos do diagnóstico, tratamento e cirurgias. Os tumores cerebrais frequentemente se apresentam com sintomas como dores de cabeça, convulsões e déficits neurológicos focais, entre outros. Um diagnóstico preciso requer a aplicação de técnicas avançadas de imagem, como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), além de novas abordagens como a tomografia por emissão de pósitrons combinada com TC (PET-CT) e ressonância magnética funcional. A cirurgia continua a ser uma parte central do tratamento, beneficiada por modernizações como a navegação estereotáxica e a RM utilizada durante os procedimentos. As opções terapêuticas incluem intervenções cirúrgicas, radioterapia e quimioterapia, que são personalizadas de acordo com a histologia do tumor, sua localização e a condição clínica do paciente. O objetivo da cirurgia é remover o máximo possível do tumor, preservando ao mesmo tempo as funções neurológicas. Métodos como mapeamento cortical e tractografia por RM são fundamentais para alcançar precisão durante a cirurgia, minimizando o impacto sobre os tecidos cerebrais ao redor. Inovações recentes têm introduzido terapias complementares, como a radiocirurgia estereotáxica e quimioterapia direcionada, que se baseiam em biomarcadores genéticos e epigenéticos. Pesquisas atuais buscam novas abordagens como imunoterapia e terapias direcionadas, visando potencializar os tratamentos para tumores que não respondem a métodos tradicionais. Desafios relacionados à resistência aos tratamentos e complicações pós-operatórias permanecem áreas cruciais de investigação. A abordagem integrada e colaborativa no manejo de tumores cerebrais é vital, ressaltando a necessidade de cooperação entre diferentes especialidades médicas. O futuro da pesquisa pretende descobrir novos alvos terapêuticos e biomarcadores que possam prever respostas a tratamentos, possibilitando intervenções mais eficazes e adaptadas a cada paciente. Questões éticas, como a obtenção de consentimento informado e a equidade no acesso a novas terapias, são essenciais para garantir um progresso responsável na área de tumores cerebrais.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p1127-1135
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