A alteração medicamentosa, de Natalizumabe para Ocrelizumabe, em paciente com esclerose múltipla recorrente-remitente: um relato de caso
PDF

Palavras-chave

Palavras-chave: Esclerose Múltipla, Imunomodulador, Natalizumabe, Tratamento.

Como Citar

de Almeida Junior, J., Girelli Neto, S., Daiane Nobre Sampaio Chagas, C., Julia Oliveira Caldeira Horing, M., Vieira Donzelli, R., Alves Coelho Neto, M., Emanuelli Seganfredo, J., Aparecida Medeiros Manca, J., José Paludo Petek, D., & José Bordin da Silva, W. (2024). A alteração medicamentosa, de Natalizumabe para Ocrelizumabe, em paciente com esclerose múltipla recorrente-remitente: um relato de caso. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(10), 574–584. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p574-584

Resumo

RESUMO

 

Objetivo: Relatar o caso de um paciente portador de esclerose múltipla que realizou tratamento por dois anos com Natalizumabe, e em seguida substituiu para Ocrelizumab. Detalhamento do caso: Paciente, JFA, 29 anos, casado, apresentou-se ao Serviço Médico com a presença de alterações neurológicas súbitas, redução da acuidade visual unilateral e diplopia. Assim, realizou-se punção lombar e ressonância nuclear magnética de crânio, as quais demonstraram, respectivamente, bandas oligoclonais e lesões desmielinizantes, o que permitiu o diagnóstico de esclerose múltipla. Assim, iniciou-se a pulsoterapia, e após o controle do surto, o paciente passou a realizar tratamento mensal com o imunomodulador Natalizumabe. Entretanto, após dois anos de tratamento, efetuou-se a troca para outro imunomodulador, o Ocrelizumab, visto que o tratamento atingiu o tempo definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, além do paciente ter positivado para o JC-vírus. Considerações finais: A esclerose múltipla é uma doença neurodegenerativa de difícil tratamento, pois inúmeros vieses são considerados para iniciar uma medicação, como a classificação da doença. Assim, na forma recorrente-remitente, a mudança de Natalizumabe para Ocrelizumab, em paciente impossibilitado de usar o Natalizumabe, demonstrou ser positiva, porque o mesmo não apresentou novos surtos após a troca de medicação.

 

 

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p574-584
PDF

Referências

SHON, E. H. Diagnóstico de Esclerose Múltipla: Critérios de Diagnóstico McDonald. J Coreano Neurol Assoc, v. 36, n. 4, p. 273-279, 2018.

HEMMER, B. et al. Role of the Innate Adaptive Immune responses in the course of Multiple Sclerosis. The Lancet Neurology, v. 14, n. 4, p. 406-419, 2015.

CARVALHO, L. G. et al. Fatores ambientais envolvidos na Fisiopatologia da Esclerose Múltipla: uma revisão bibliográfica. Brazilian Journal of Health Review, v. 5, n. 1, p. 2793-2808, 2022.

PIGGOTT, T. et al. Multiple Sclerosis International Federation guideline methodology for off-label treatments for multiple sclerosis. Multiple Sclerosis Journal - Experimental, Translational and Clinical, v. 7, n. 4, 2021. doi:10.1177/20552173211051855.

COELHO, V. et al. Análise dos aspectos epidemiológicos da Esclerose Múltipla no Brasil durante o período de 2012 a 2022. Brazilian Journal of Health Review, v. 6, n. 6, p. 27513–27527, 2023.

ABREU, E. Sintomas e tratamentos da esclerose múltipla (EM): em busca da qualidade de vida. Revista Acadêmica Oswaldo Cruz, 2019. ISSN 2357-8173.

SILVEIRA, L. et al. Esclerose múltipla: uma abordagem imunológica. Revisão de Literatura. Revista Educação em Saúde, v. 8, n. 2, p. 122-137, 2020.

ANDRADE DE QUEIROZ, G. K. et al. Funcionalidade na Esclerose Múltipla: relato de caso. REVISTA DE SAÚDE - RSF, v. 10, n. 01, 2024. https://doi.org/10.59370/rsf.v10i01.113.

MORALES, R. de R. et al. Qualidade de vida em portadores de esclerose múltipla. Arq Neuro-Psiquiatria, v. 65, n. 2b, p. 454–460, jun. 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0004-282X2007000300018.

SILVA, D. F.; NASCIMENTO, V. M. S. Esclerose múltipla: imunopatologia, diagnóstico e tratamento. Interfaces Científicas - Saúde e Ambiente, Aracaju, v. 2, n. 3, p. 81–90, jun. 2014.

ARAÚJO, D. L. et al. Utilização da ressonância magnética para diagnóstico da esclerose múltipla. Research, Society and Development, v. 9, n. 8, p. e546985936, 2020.

THOMPSON, A. J. et al. Diagnóstico de esclerose múltipla: revisões de 2017 dos critérios McDonald. The Lancet Neurology, v. 17, n. 2, p. 1-10, dez. 2017.

DINIZ, R. S. et al. Esclerose Múltipla: Avanços no Diagnóstico e Tratamento. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 5, n. 5, p. 188-201, 2023.

ALVES, B. et al. Esclerose múltipla: revisão dos principais tratamentos da doença. Saúde E Meio Ambiente: Revista Interdisciplinar, v. 3, n. 2, p. 19–34, 2015.

FOGARTY, E. et al. Comparative efficacy of disease-modifying therapies for patients with relapsing remitting multiple sclerosis: systematic review and network meta-analysis. Multiple Sclerosis and Related Disorders, v. 9, p. 23-30, 2016.

RUDICK, R. A. et al. Natalizumab plus interferon beta-1a for relapsing multiple sclerosis. New England Journal of Medicine, v. 354, n. 9, p. 911-923, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Conjunta nº 1, de 07 de Janeiro de 2022. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Esclerose Múltipla. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 fev. 2012, seção 1, p. 88.

SILVA, M. C. N. et al. Avaliação da qualidade de vida em portadores de esclerose múltipla: impacto da fadiga, ansiedade e depressão. Fisioterapia e Pesquisa, v. 26, p. 339-345, 2019.

MARQUES, V. et al. Brazilian Consensus for the Treatment of Multiple Sclerosis: Brazilian Academy of Neurology and Brazilian Committee on Treatment and Research in Multiple Sclerosis. Arq Neuropsiquiatr, v. 76, n. 8, p. 539-554, ago. 2018. doi: 10.1590/0004-282X20180078.

ERRANTE, P. et al. Esclerose múltipla: tratamento farmacológico e revisão de literatura. UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 13, n. 30, p. 105-117, 2020.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Joubert de Almeida Junior, Saul Girelli Neto, Cris Daiane Nobre Sampaio Chagas, Maria Julia Oliveira Caldeira Horing, Renato Vieira Donzelli, Murilo Alves Coelho Neto, Júlia Emanuelli Seganfredo, Janaína Aparecida Medeiros Manca, Dionísio José Paludo Petek, Willian José Bordin da Silva