USO DA TECNOLOGIA NA PERSONALIZAÇÃO DE PROTOCOLOS DE REABILITAÇÃO EM PACIENTES PÓS-CIRÚRGICO
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Palavras-chave

Tecnologia na reabilitação, personalização de protocolos, pós-cirúrgico.

Como Citar

Almeida, P. H. ferreira A. de, Ferreira, M. D., Caro, V. S. D., Rifai, A. E., Molina, J. H., Zago, M. R. S., Silva Neto, R. B. P., Lopes, L. L., Brunetta, D. M., Oliveira, M. F. B. de, Baraldi, R. de C. O., Flamini, G., Tebet, D. dos S., & Vargas, E. M. (2024). USO DA TECNOLOGIA NA PERSONALIZAÇÃO DE PROTOCOLOS DE REABILITAÇÃO EM PACIENTES PÓS-CIRÚRGICO . Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(10), 19–31. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p19-31

Resumo

RESUMO
O século XXI trouxe avanços tecnológicos significativos, que permitiram a incorporação de intervenções de ponta em pesquisas clínicas. A evolução da internet e da comunicação sem fio viabilizou o desenvolvimento de tecnologias que superam barreiras anteriormente intransponíveis. Na assistência médica, esses avanços mudaram a forma como as pesquisas clínicas são conduzidas, introduzindo novos métodos de comunicação e medição que melhoram o cenário da pesquisa atual. No entanto, com o avanço dessas tecnologias, surgem também desafios, especialmente relacionados à adoção por parte de pacientes e profissionais. Nos Programas de Recuperação Aprimorada (ERPs), as inovações tecnológicas, como aplicativos móveis e dispositivos vestíveis, apresentam-se como soluções promissoras para aumentar a adesão aos tratamentos e reduzir complicações pós-operatórias. A personalização dos cuidados de reabilitação, com o auxílio dessas ferramentas, pode ser crucial para otimizar os resultados clínicos, especialmente em populações vulneráveis, como idosos e pacientes pós-cirúrgicos. Este estudo investiga o uso de tecnologias digitais na personalização de protocolos de reabilitação em pacientes pós-cirúrgicos. Foi realizada uma revisão sistemática nas bases de dados PubMed e LILACS, cobrindo estudos publicados nos últimos 10 anos sobre o uso de tecnologias vestíveis, monitoramento remoto e inteligência artificial em reabilitação pós-operatória. A personalização dos tratamentos foi baseada em fatores individuais, como nível de atividade física e estado de saúde geral. O estudo identificou lacunas na literatura, especialmente no que diz respeito à aceitação tecnológica pelos pacientes e à necessidade de validação de sua eficácia. Recomenda-se que futuros estudos se concentrem em estratégias personalizadas que considerem fatores clínicos e psicossociais, garantindo que a tecnologia contribua para uma reabilitação eficiente e acessível. A seleção dos estudos foi realizada em duas etapas: uma triagem inicial de títulos e resumos, seguida da leitura completa de 35 estudos, dos quais 8 foram incluídos na análise final. Os resultados indicaram que o uso de tecnologias digitais, como o Nintendo Wii Fit Plus, foi eficaz na redução da fadiga em pacientes com câncer de pulmão pós-cirúrgico, apesar de desafios relacionados ao recrutamento e adaptação à tecnologia. Outro estudo demonstrou o impacto positivo de inovações tecnológicas, como sensores vestíveis e monitoramento remoto, na otimização de Programas de Recuperação Aprimorada (ERPs), que resultaram em melhor adesão e redução de complicações pós-operatórias. O estudo Hospital to Home (H2H) destacou a viabilidade do uso de smartwatches na reabilitação de idosos após fratura de quadril, melhorando a mobilidade e reduzindo o tempo de internação. Contudo, a desistência de 46% dos participantes levantou questões sobre a aceitação da tecnologia. Os estudos analisados reforçam o papel crucial da tecnologia na personalização de protocolos de reabilitação para pacientes pós-cirúrgicos, evidenciando benefícios significativos, como a redução da fadiga e o aumento da funcionalidade. No entanto, os desafios relacionados à aceitação da tecnologia, especialmente entre os pacientes mais idosos, indicam a necessidade de um suporte técnico adequado e um planejamento cuidadoso. As inovações tecnológicas, quando implementadas de maneira eficaz e com o suporte necessário, podem melhorar significativamente a adesão aos protocolos de reabilitação e o bem-estar dos pacientes, demonstrando o potencial dessas ferramentas na prática clínica.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p19-31
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Referências

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