Resumo
O câncer de cabeça, cavidade oral e pescoço estão entre os dez tipos de neoplasias mais frequentes na população brasileira, sendo que a maioria dos casos são detectados em fases avançadas, possuindo um prognóstico ruim, segundo o Instituto Nacional do Câncer. Estudos mostram que é um problema de saúde pública no Brasil e em outros países e que o tempo transcorrido entre a fase inicial e avançado é longo, pois a evolução costuma ser lenta na maioria dos casos. Este estudo teve como objetivo descrever sobre a abordagem multiprofissional no tratamento do câncer de cabeça, boca e pescoço. Como percurso metodológico, tratou-se de uma pesquisa descritiva, do tipo narrativa, com abordagem de revisão integrativa da literatura. O levantamento dos estudos foi realizado utilizando as bases de dados eletrônicas: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google acadêmico. Para isso foram utilizados os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DECs) a saber: “câncer”, “câncer de boca”, “câncer de cabeça e pescoço”, “multiprofissional”. Foram utilizados os operadores booleanos “AND” e “OR”. No presente estudo foram incluídos 11 artigos, dos quais 03 estavam no idioma inglês e 08 em português, cujas pesquisas foram publicadas entre os anos de 2016 e 2023, percebendo um maior número de publicações nos seguintes anos: 2021, 2022 (ambos com 18,18%, n = 8) em seguida temos os anos 2016, 2016 (ambos com 9,09% n = 3). O cuidado do paciente com câncer de cabeça, boca e pescoço de forma multiprofissional tem como primícias: melhora do estado nutricional, físico e emocional. O paciente com diagnóstico oncológico e em fase de tratamento é atravessado por mudanças significativas em diversos contextos da sua vida, diante disso, percebe-se a necessidade de um suporte da equipe multiprofissional de saúde, de modo que possibilite assistência de cuidados frente ao impacto das transformações ocorridas e vise proporcionar aos pacientes uma melhor qualidade de vida.
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