ABORDAGENS TERAPÊUTICAS PARA A CHIKUNGUNYA: REVISÃO DAS OPÇÕES ATUAIS E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS

Resumo

A chikungunya, uma arbovirose transmitida por mosquitos do gênero Aedes, tem se consolidado como uma significativa ameaça global à saúde pública, em especial nas regiões tropicais e subtropicais. O quadro clínico da doença é marcado por uma fase aguda de febre intensa e dores articulares debilitantes, frequentemente evoluindo para uma condição crônica caracterizada por artralgia prolongada e outras manifestações inflamatórias. A ausência de terapias antivirais específicas e de vacinas eficazes torna o manejo da chikungunya majoritariamente sintomático, o que sublinha a necessidade urgente de novas abordagens terapêuticas. Diversos compostos antivirais têm sido investigados em ensaios pré-clínicos, porém os resultados clínicos ainda são insuficientes para sua implementação prática. Da mesma forma, o desenvolvimento de vacinas enfrenta desafios, como a indução de imunidade duradoura e a segurança em populações de risco. Além disso, a eficácia de intervenções profiláticas, como o controle de vetores, apresenta limitações, especialmente em áreas endêmicas de difícil acesso. Este artigo analisa criticamente as estratégias terapêuticas e preventivas atuais contra a chikungunya, discutindo os avanços e os obstáculos no desenvolvimento de antivirais e vacinas. O trabalho também explora a importância de uma abordagem integrada que combine medidas de vigilância epidemiológica, controle vetorial aprimorado e educação em saúde para mitigar a propagação da doença. Conclui-se que, embora existam promissoras inovações em andamento, a superação da chikungunya exige uma resposta coordenada entre a comunidade científica, os governos e a indústria farmacêutica, com vistas a promover intervenções eficazes e sustentáveis a longo prazo.