Desafiando o Modelo Biologicista: Uma Reavaliação da Psiquiatria à Luz da Psicologia do Patológico
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Palavras-chave

Psicologia
Psiquiatria
Psicopatologia
Fenomenologia
Biologicismo
Transtornos Mentais
Medicalização
DSM
CID
RDoC
HiTOP
Subjetividade

Como Citar

Dias, A. R., ROZEIRA, C. H. B., Silva, M. F. da, Neves, D. P. da S., Marques, R. A. N. R., Lira, G. D. de, Corrêa, G. Z. das N., Andrade, R. de S. S., Costa Neto, A. L., Paixão e Silva, A., Modesto, M. S. do A., Vizula, C. M. O., Pimentel, M. G. L., Carvalho, R. L., & Gomes, E. C. S. M. (2024). Desafiando o Modelo Biologicista: Uma Reavaliação da Psiquiatria à Luz da Psicologia do Patológico. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(9), 3670–3686. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n9p3670-3686

Resumo

A verdadeira cura não está apenas em consertar o que está quebrado, mas em compreender o que dói. Este artigo tem como objetivo reavaliar o modelo biologicista da psiquiatria por meio de uma pesquisa qualitativa de revisão de literatura, destacando suas limitações e propondo uma abordagem mais fenomenológica e humanista, a Psicologia do Patológico. A partir das contribuições de autores como Eugène Minkowski, Ludwig Binswanger, Viktor von Gebsattel e Eugen Bleuler, o estudo explora a importância de integrar a vivência subjetiva do paciente na compreensão e no tratamento dos transtornos mentais. Ao contrastar a psiquiatria tradicional com essas abordagens fenomenológicas, questiona-se o predomínio de uma visão que negligencia a singularidade das experiências humanas e se propõe um paradigma mais inclusivo, que integre o biológico e o fenomenológico. Este artigo provoca uma reflexão sobre a necessidade de uma psiquiatria que considere o paciente como um ser com uma história vivida, e não apenas como um corpo a ser corrigido. Além disso, discute-se o impacto da medicalização da vida e a relevância de novas classificações diagnósticas, como o RDoC e o HiTOP, que trazem uma visão mais personalizada e contínua dos transtornos mentais. A relevância do tema está na urgência de superar o reducionismo biológico, promovendo tratamentos mais completos e humanizados.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n9p3670-3686
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