Palavras-chave
Atresia biliar
Prognóstico
Como Citar
Resumo
INTRODUÇÃO: A atresia de vias biliares (AVB) é uma patologia exclusiva do período neonatal, que cursa com oclusão das vias biliares intra e extra hepáticas. Apesar de sua etiologia desconhecida, a AVB é uma das principais suspeitas em neonatos com icterícia persistente, sendo uma condição rara, mas grave. OBJETIVO: Analisar os aspectos diagnósticos e terapêuticos da atresia de vias biliares e sua influência no prognóstico de pacientes pediátricos no período de janeiro de 2013 a janeiro de 2024. METODOLOGIA: Este estudo é uma revisão integrativa, conduzida conforme os critérios do protocolo PRISMA 2020. Incluíram-se trabalhos em inglês e português, publicados no período especificado. Artigos indisponíveis, duplicados, relatos de casos, estudos com animais, entre outras metodologias foram excluídos. RESULTADOS: A busca inicial identificou 821 artigos, dos quais 113 foram selecionados para leitura completa, resultando em 20 artigos incluídos na revisão. DISCUSSÃO: Exames laboratoriais e de imagem mostraram-se eficazes para o diagnóstico precoce da AVB, reduzindo a necessidade de biópsias invasivas, destacando-se a dosagem de metaloproteinase-7 da matriz (MMP-7) como um biomarcador promissor. A portoenterostomia de Kasai (PEK) mantém-se como o tratamento padrão, porém a antibioticoterapia mostrou-se crucial no combate à colangite de repetição, enquanto a corticoterapia não evidenciou benefícios clínicos. A idade no procedimento, a drenagem biliar pós-cirúrgica e a melhora dos exames são os melhores preditores de prognóstico, sendo o status pré e pós-operatório influenciado por fatores como desnutrição, patologias associadas e técnica cirúrgica. CONCLUSÃO: Os artigos selecionados reconhecem a AVB como uma doença multifatorial, com melhores resultados se tratada em tempo oportuno. Nesse sentido, o diagnóstico precoce é uma realidade por meio do conjunto de clínica, laboratório e imagem. O tratamento cirúrgico de qualidade está associado à individualização de ferramentas, além de monitorização das complicações. Novos estudos são necessários para avaliação e atualização de condutas.
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