Resumo
Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico e sociodemográfico da mortalidade materna no Brasil na última década (20100 a 2019). Método: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica descritiva, exploratória e transversal, com abordagem quantitativa, realizada entre os anos de 2010 a 2019. A coleta de dados foi realizada através de dados secundários, tendo como fontes: O Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), aba: óbitos em mulheres em idade fértil no Brasil. As variáveis analisadas: região, tipos de causas obstétricas, categoria CID-10, ano do óbito, faixa etária, cor/raça, escolaridade, estado civil, local de ocorrência, óbitos maternos. As informações coletadas foram tabuladas no software Excel. Resultados: Entre 2010 e 2019 foram notificados 16.697 (100,0%) óbitos maternos no Brasil, sendo a região Sudeste com o maior número de casos (35,6%), seguida da região Nordeste (33,5%). Houve maior incidência entre mulheres de 20 a 29 anos (39,4%), da cor parda, na região Nordeste (67,1 %), com 8 a 11 anos de estudo (30,0%); quanto ao estado civil a maioria das mulheres eram solteiras (49,2%). Sobre as causas obstétricas, 69,2% morreram por causa obstétrica direta, sendo de acordo com a categoria CID-10, as principais causas foram: eclampsia (14,2%), hemorragia pós-parto (9,1%) e hipertensão gestacional com proteinúria significante (10,1%). Conclusão: A mortalidade materna continua sendo um problema de saúde pública no Brasil e esse fato é um indicador de como está a atenção à saúde da mulher no período gravídico puerperal.
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