Perfil clínico-epidemiológico dos casos de doença inflamatória do colo do útero no país

Resumo

Introdução: A doença  inflamatória do colo do útero é  definida  como  uma  inflamação  do  trato  genital  superior devido a uma infecção, acometendo, portanto, o sexo feminino. Essa patologia afeta de 4% a 12% das mulheres em idade reprodutiva, tornando-se um problema de saúde pública, visto que acarreta desde dor nas relações sexuais até a dificuldade para engravidar ou infertilidade. Diante desse contexto, o objetivo deste estudo é analisar o perfil epidemiológico hospitalar por doença inflamatória do colo do útero, em todas as idades, no Brasil e suas cinco regiões, entre 2013 e 2023. Metodologia: Trata-se   de   um   estudo epidemiológico  realizado tendo  como  embasamento  os  dados  do  departamento  de informação  de  saúde  do  SUS  (Sistema  Único  de  Saúde).  As  variáveis  utilizadas  foram:  internações  hospitalares, óbitos,  faixa  etária,  cor/raça,  sexo,  gastos  hospitalares  e  macrorregião  de saúde. Ademais, foi realizada uma revisão de literatura para embasar o estudo, utilizando das bases de dados Scielo e Pubmed. Foram utilizados os descritores: epidemiologia, doença do colo uterino e mortalidade. Resultados: No estudo, foi visto que ocorreram 3.316 internações por inflamação de colo uterino entre indivíduos de 1 a 80 anos no período analisado (2013 a 2023). O ano com maior número de hospitalizações foi 2021. A região sudeste foi responsável pelo maior número de internações, no entanto, o número de óbitos da região nordeste e sudeste foi o mesmo.  As interações na região Sudeste. Quanto ao número de óbitos por ano, somou-se os números de 2014, 2019, 2020, 2021 e 2023 resultando em 5 óbitos nesse período. Quanto à raça, a parda, com idades entre 40 a 49 anos são as mais acometidos. Conclusão: Diante do estudo acima bem como do claro problema de saúde pública que a inflamação de colo uterino representa na sociedade brasileira, é dever do Governo, juntamente à órgãos estaduais e municipais promover  campanhas educativas sobre o quadro clínico e fatores de risco e aumentar a oferta de exames de rastreamento adequados para populações de alto risco, afim de diagnosticar precocemente infecções do trato genital inferior antes mesmo que estas ascendam para o compartimento superior.