MORBIMORTALIDADE HOSPITALAR POR CÂNCER COLORRETAL NA REGIÃO SUDESTE ENTRE 2019 E 2023
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Palavras-chave

Brasil; Epidemiologia; Morbidade; Mortalidade; Neoplasias Colorretais.

Como Citar

Dias Botelho Gomes, A. C., Faria Maziero Garcia Nogueira, R., Barros Pereira, D., Mayer Berger Mendonça, K., & Minasse , C. Y. (2024). MORBIMORTALIDADE HOSPITALAR POR CÂNCER COLORRETAL NA REGIÃO SUDESTE ENTRE 2019 E 2023. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(9), 1276–1288. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n9p1276-1288

Resumo

Introdução: O câncer colorretal (CCR)  é um problema de saúde pública com alta taxa de prevalência e mortalidade no Brasil. Fatores comportamentais, como dieta, obesidade, tabagismo, alcoolismo e sedentarismo, influenciam no desenvolvimento da doença. O diagnóstico precoce é importante para o tratamento adequado, assim, é necessário atenção aos sintomas, bem como, a utilização de exames laboratoriais, sigmoidoscopia, colonoscopia e análise anatomopatológica em caso de suspeita diagnóstica. Objetivo: Analisar a evolução do perfil epidemiológico da enfermidade, por meio das variáveis: número de internações, número de óbitos, sexo, idade, cor/raça na regiao Sudeste do Brasil. Método: Estudo epidemiológico descritivo de série temporal, a partir da coleta de dados de 2019 a 2023 do Sistema de Informação de Morbidade Hospitalar (SIH) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) disponíveis no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram estudados a região Sudeste do Brasil em relação ao CID C18 - Neoplasia maligna do cólon e utilizou-se de estatística descritiva para análises dos dados. Resultados: Foram identificados mais de 125 mil internações de Neoplasia maligna de cólon, reto e ânus e mais de 45 mil número de óbitos na região Sudeste, com destaque para o estado de São Paulo. Além disso, é possível observar um aumento no número de internações ao logo dos anos analisados, também, é possível observar que o perfil mais afetado é o sexo feminino, população branca, com faixa etária entre 60 a 69 anos e em relação aos atendimentos a maioria era de urgência. Conclusão: Por fim, a doença é um problema de saúde pública, principalmente, na região do Sudeste brasileiro. Existe uma conexão do desenvolvimento do CCR com a desigualdade social do país, que gera disparidades no combate da enfermidade, o que contribui para o aumento desse tipo de câncer no Brasil. A implementação de estratégias de políticas públicas é essencial para reduzir as disparidades na incidência da doença.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n9p1276-1288
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