BETABLOQUEADORES: UMA REVISÃO SOBRE SEUS MECANISMOS E USO NA PRÁTICA CLÍNICA
PDF

Palavras-chave

Betabloqueadores
Cardiologia
Tratamento
Mecanismo de ação
Medicação

Como Citar

Macedo Nogueira, I., da Silva Pires, A. C., Moraes Rocha, V., Portugal Guimarães Oliveira, A. C., Viveiros de Lima, K., Santos Oliveira, L. L., Magalhães Barreto, T., Possidônio Ferreira, J. F., Silva Damasceno, R., & Santos, C. (2024). BETABLOQUEADORES: UMA REVISÃO SOBRE SEUS MECANISMOS E USO NA PRÁTICA CLÍNICA. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(9), 1636–1644. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n9p1636-1644

Resumo

Introdução: Os betabloqueadores (BB) são uma classe medicamentosa conhecida por seus efeitos em condições cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio, a insuficiência cardíaca, a hipertensão e as arritmias. Seu histórico eixou evidente a sua necessidade na terapêutica das doenças cardíacas, se tornando uma das classes mais usadas na prática clínica. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo analisar as atualizações documentadas acerca dos betabloqueadores, bem como seus mecanismos e principais usos na prática clínica. Metodologia: O estudo adotou uma revisão de literatura utilizando Google Acadêmico e PubMed. Foram incluídos artigos publicados nas línguas portuguesa e inglesa. Critérios de inclusão exigiram que os estudos tratassem sobre o uso terapêutico dos betabloqueadores ou seus mecanismos de ação. Resultados: Os betabloqueadores são drogas cujo mecanismo poderia ser descrito como antagonista dos receptores beta-adrenérgicos, desta forma desencadeando efeitos como a bradicardia e aumento do tempo de enchimento cardíaco. Eles são subclassificados em três grandes grupos: A primeira geração, cujo principal representante é o propranolol, e que possuem grande afinidade pelos receptores beta-1 e beta-2 adrenérgicos e, devido a isto, possuem efeitos deletérios, como a broncoconstrição e vasocontrição. A segunda geração, cujos principais representantessão o atenolol e o metoprolol, que possuem maior afinidade pelos receptores beta-1 em detrimento do beta-2 e, desta forma, possuem menores efeitos extra-cardíacos. E, por último, a terceira geração, que possui drogas como o carvedilol, que bloqueiam os receptores alpha-1 e causa vasodilatação. Por conta destes mecanismos, os betabloqueadores são usados como terapia em diversas condições cardiovasculares, como a insuficiência cardíaca, hipertensão e infarto. Conclusão: O uso diverso dos betabloqueadores é muito devido à gama de medicações que compõem esta classe, possuindo uma míriade de opções para serem utilizadas na prática clínica. Desta forma, é notória a importância dos betabloqueadores para a prática clínica, servindo como base o tratamento de diversas condições.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n9p1636-1644
PDF

Referências

BAKER, Jillian G.; HILL, Stephen J.; SUMMERS, Roger J. Evolution of β-blockers: From anti-anginal drugs to ligand-directed signalling. Trends in Pharmacological Sciences, [s. l.], v. 32, n. 4, p. 227–234, 2011. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/j.tips.2011.02.010.

BANGALORE, Sripal et al. Clinical outcomes with β-blockers for myocardial infarction: A meta-analysis of randomized trials. American Journal of Medicine, [s. l.], v. 127, n. 10, p. 939–953, 2014. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/j.amjmed.2014.05.032.

BARRETT, A. M. et al. A new type of cardioselective adrenoceptive blocking drug. Brit.J.Pharmacol., [s. l.], v. 48, n. 2, p. 66082, 1973.

DAVIDSON, Sean M. et al. Multitarget Strategies to Reduce Myocardial Ischemia/Reperfusion Injury: JACC Review Topic of the Week. Journal of the American College of Cardiology, [s. l.], v. 73, n. 1, p. 89–99, 2019.

DE LIMA, Luiz Gustavo et al. Beta-blockers for preventing stroke recurrence. Cochrane Database of Systematic Reviews, [s. l.], v. 2014, n. 10, 2014.

DO VALE, Gabriel T. et al. Three Generations of β-blockers: History, Class Differences and Clinical Applicability. Current Hypertension Reviews, [s. l.], v. 15, n. 1, p. 22–31, 2018.

FLACCO, N. et al. Different β-adrenoceptor subtypes coupling to cAMP or NO/cGMP pathways: Implications in the relaxant response of rat conductance and resistance vessels. British Journal of Pharmacology, [s. l.], v. 169, n. 2, p. 413–425, 2013.

FLATHER, Marcus D. et al. FASTTRACK Randomized trial to determine the effect of nebivolol on mortality and cardiovascular hospital admission in elderly patients with heart failure (SENIORS). European Heart Journal, [s. l.], v. 26, n. 3, p. 215–225, 2005.

FREEMANTLE, Nick et al. β blockade after myocardial infarction: Systematic review and meta regression analysis. British Medical Journal, [s. l.], v. 318, n. 7200, p. 1730–1737, 1999.

HEBB, A. R.; GODWIN, T. F.; GUNN, R. W. A new beta adrenergic blocking agent, propranolol, in the treatment of angina pectoris. Canadian Medical Association journal, [s. l.], v. 98, n. 5, p. 246–251, 1968.

MARTÍNEZ-MILLA, Juan et al. Role of Beta-blockers in Cardiovascular Disease in 2019. Revista Española de Cardiología (English Edition), [s. l.], v. 72, n. 10, p. 844–852, 2019.

MIZZACI, Carolina Christianini; RIEIRA, Rachel; MARTIMBIANCO, Ana Luiza Cabrera. Tratamento farmacológico para insuficiência cardíaca sistólica crônica e as evidências disponíveis: uma revisão narrativa da literatura. Diagn. tratamento, [s. l.], v. 22, n. 1, p. 8–20, 2017. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2017/03/832425/rdt_v22n1_8-20.pdf.

PEDERSEN, Michala E.; COCKCROFT, John R. The vasodilatory beta-blockers. Current Hypertension Reports, [s. l.], v. 9, n. 4, p. 269–277, 2007.

POIRIER, Luc; TOBE, Sheldon W. Contemporary use of β-blockers: Clinical relevance of subclassification. Canadian Journal of Cardiology, [s. l.], v. 30, n. 5 S, p. 9–15, 2014.

WILLIANS, Bryan et al. European Society of Cardiology (ESC) Guidelines for the Management of Arterial Hypertension. [S. l.: s. n.], 2018-. ISSN 02636352.v. 339

WIYSONGE, C S et al. Beta-blockers for hypertension. Cochrane Database of Systematic Reviews, [s. l.], v. 11, n. 8, p. CD002003, 2017.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Iago Macedo Nogueira, Ana Carolina da Silva Pires, Vanessa Moraes Rocha, Anna Carolina Portugal Guimarães Oliveira, Klariana Viveiros de Lima, Leandro Lorran Santos Oliveira, Thayanne Magalhães Barreto, José Fabio Possidônio Ferreira, Richele Silva Damasceno, Cleydson Santos