Bronquite e Bronquiolite Aguda em crianças do Sul: Epidemiologia das internações entre 2019 e 2023

Resumo

INTRODUÇÃO: A bronquiolite aguda é uma inflamação dos bronquíolos, frequentemente associada ao vírus sincicial respiratório (VSR), enquanto a bronquite aguda envolve a inflamação das paredes dos brônquios. Essas condições são responsáveis por um número significativo de internações em crianças, devido à vulnerabilidade do sistema respiratório. OBJETIVO: Identificar e descrever a epidemiologia das internações por bronquite e bronquiolite aguda em crianças de até 14 anos na região Sul do Brasil, entre 2019 e 2023. METODOLOGIA: Este estudo epidemiológico, retrospectivo e quantitativo, analisou as internações por bronquite e bronquiolite aguda em crianças de até 14 anos na região Sul, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2023. Os dados foram extraídos do SIH/SUS por meio da plataforma DATASUS. Foram analisadas variáveis como região/unidade da federação, ano de processamento, faixa etária, sexo, cor/raça, caráter do atendimento e valor total. A análise dos dados foi realizada utilizando o Microsoft Excel, com os resultados apresentados em tabelas e gráficos no Microsoft Word. RESULTADOS: Durante o período de 2019 a 2023, foram registradas 53.103 internações por bronquite e bronquiolite aguda em crianças na região Sul. O ano de 2020 apresentou o menor número de internações e o menor gasto (1.839 internações; R$ 772.770,73), enquanto 2023 registrou os maiores valores em ambos os aspectos (18.071 internações; R$ 11.288.467,89). O Rio Grande do Sul liderou com 53,26% dos casos, enquanto Santa Catarina teve a menor incidência (21,83%). Crianças menores de um ano foram as mais afetadas (79,32%), com predomínio do sexo masculino (58,81%) e de autodeclarados brancos (71,20%). A maioria das internações foi classificada como urgência (96,46%). CONCLUSÃO: Conclui-se que as internações por bronquite e bronquiolite aguda são prevalentes em crianças da região Sul, especialmente entre meninos com menos de um ano, brancos e residentes no Rio Grande do Sul. Campanhas de conscientização focadas em medidas de higiene e na educação sobre sinais precoces da doença são essenciais para reduzir essas internações.