PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS DE MANEJO DE TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE) EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)
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Palavras-chave

traumatismo craniano

Como Citar

Bicalho, F. F., Silva, M. L. da, Barreiros, D. M. B. D. L., Ribeiro, L. G. D. S., Bonatti, A. D., Masolini, I. Z., Baraldi, R. de C. O., Carvalho, R. A. de, Neto , J. A., Acipreste Neto, C. R., Breda, M. S., Breda, C. I., Lessa, A. O., & Coelho, E. C. F. (2024). PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS DE MANEJO DE TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE) EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI). Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(9), 1121–1132. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n9p1121-1132

Resumo

Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é uma das principais causas de morte em indivíduos de 1 a 45 anos, sendo especialmente prevalente em acidentes de trânsito, principalmente entre homens jovens. Nos Estados Unidos, o TCE resulta em mais de 50.000 mortes anuais e gera um impacto econômico superior a US$ 80 bilhões. No Brasil, entre 700.000 e 1,1 milhão de pessoas sofrem TCE, com 20-30% apresentando lesões moderadas a graves. A patogênese do TCE envolve lesões primárias e secundárias, que podem levar a déficits neurológicos significativos e permanentes, e requer tratamento especializado para mitigar esses danos. Metodologia: O estudo foi realizado por meio de uma revisão sistemática de literatura, analisando estudos publicados nos últimos 10 anos sobre o tratamento de TCE em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Foram incluídos pacientes com TCE moderado a grave que necessitavam de cuidados intensivos, excluindo aqueles com outras condições clínicas que pudessem interferir nos resultados. A revisão destacou a importância de uma avaliação contínua e precisa para a escolha das intervenções mais adequadas, considerando o manejo da pressão intracraniana, ventilação mecânica, controle da temperatura, e intervenções cirúrgicas. Resultados e Discussão: Após a triagem de 180 estudos, 8 foram selecionados para análise detalhada. A craniotomia e a craniectomia descompressiva foram identificadas como intervenções cirúrgicas cruciais para pacientes com hematomas epidurais (EDH) e subdurais (SDH). Estudos indicaram que o uso de medicamentos como ácido tranexâmico mostrou potencial na redução da mortalidade, mas outros, como citicolina e eritropoetina, não apresentaram benefícios claros. A pesquisa também explorou o papel das vesículas extracelulares no diagnóstico e tratamento do TCE, evidenciando seu potencial como ferramenta diagnóstica e terapêutica. Conclusão: Os resultados reforçam a importância de uma abordagem multidisciplinar e personalizada no manejo do TCE grave. As intervenções cirúrgicas, como a craniotomia e craniectomia, são essenciais para evitar a deterioração neurológica, mas a eficácia de outras terapias, como o uso de medicamentos, ainda requer mais estudos. O estudo destaca a necessidade contínua de pesquisas para aprimorar o tratamento do TCE, visando melhores desfechos clínicos e a preservação da função neurológica.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n9p1121-1132
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