IMPACTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA PREVALÊNCIA DE DOENÇAS DERMATOLÓGICAS
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Palavras-chave

Mudança climática
Dermatopatias
Poluição do ar
Raios ultravioleta

Como Citar

Arita, S. T. de A. R., Fidelis Silva, A., Beck Pencinato, N., Huguenin Couto, L., Spina de Carvalho, M., Silva Freitas, L., dos Santos Ferreira Filho, P. H., Ferreira de Aguiar, A. G., & de Souza Alvacete, F. (2024). IMPACTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA PREVALÊNCIA DE DOENÇAS DERMATOLÓGICAS. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(9), 1074–1083. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n9p1074-1083

Resumo

As mudanças climáticas estão se tornando um dos maiores desafios globais do século XXI, impactando diretamente a saúde humana, incluindo a prevalência e severidade de doenças dermatológicas. Fatores como o aumento da radiação ultravioleta, temperaturas elevadas e poluição atmosférica desempenham um papel crucial na incidência de condições cutâneas como câncer de pele, dermatite atópica, infecções e outras doenças inflamatórias da pele. Este estudo visa revisar a literatura atual sobre os efeitos das mudanças climáticas na prevalência de doenças dermatológicas, discutindo implicações para a prática clínica e política de saúde pública. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura utilizando as bases de dados PubMed, Scopus e Scielo. Foram incluídos artigos publicados nos últimos cinco anos, em inglês e português, que abordam diretamente a relação entre mudanças climáticas e doenças de pele. Os critérios de inclusão contemplaram estudos com dados quantitativos e qualitativos sobre os impactos climáticos na saúde dermatológica, excluindo-se artigos sem foco específico em dermatologia. A análise dos dados coletados foi descritiva e comparativa, considerando fatores ambientais como poluição, radiação UV e variações de temperatura. A revisão revelou um aumento significativo na prevalência de câncer de pele, particularmente melanoma, em áreas com maior exposição à radiação ultravioleta. Além disso, doenças inflamatórias crônicas da pele, como dermatite atópica, mostraram-se mais frequentes e severas em regiões com altos níveis de poluição atmosférica. Houve também um aumento na incidência de infecções cutâneas, associado a mudanças nos padrões de precipitação e aumento da umidade. Os dados indicam que populações vulneráveis, como crianças e idosos, são as mais afetadas pelas alterações ambientais. As mudanças climáticas têm um impacto significativo e crescente nas doenças dermatológicas, exacerbando a incidência e gravidade de várias condições cutâneas. A implementação de políticas de saúde pública voltadas para a prevenção e adaptação a esses impactos, incluindo proteção solar, controle da poluição e vigilância de doenças infecciosas, é essencial. Dermatologistas desempenham um papel fundamental na conscientização e no manejo clínico desses pacientes frente às mudanças ambientais.  

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n9p1074-1083
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Copyright (c) 2024 Sany Tomomi de Almeida Rocha Arita, Alayane Fidelis Silva, Nathália Beck Pencinato, Letícia Huguenin Couto, Márcia Spina de Carvalho, Leonardo Silva Freitas, Paulo Henrique dos Santos Ferreira Filho, Ane Gleyce Ferreira de Aguiar, Felipe de Souza Alvacete