Resumo
A pandemia causada pelo Coronavírus, gerou inúmeras incertezas e preocupações. Percebeu-se um aumento na compra e consumo de fármacos, ou seja, a automedicação. Este estudo analisou o discurso de acadêmicos de enfermagem sobre a automedicação durante a pandemia do COVID-19. Os objetivos incluíram, além de investigar o discurso dos acadêmicos acerca automedicação, identificar as classes de medicamentos mais utilizadas por eles nesse contexto. A pesquisa quali-quantitativa realizada em uma universidade particular em Volta Redonda/RJ, e incluiu acadêmicos do 1º período ao 5º ano de enfermagem. Foram coletadas respostas por meio de um questionário com perguntas fechadas e abertas. Os resultados revelaram que a automedicação era mais comum entre as mulheres com idades entre 18 e 23 anos. Os principais motivos para a automedicação foram a prevenção e o tratamento de sintomas não relacionados à COVID-19, como cefaleia e resfriado. Analgésicos e anti-inflamatórios foram as classes de medicamentos mais utilizadas. Observou-se que muitos participantes tinham conhecimento dos riscos da automedicação, mas ainda assim a praticavam, com 79,41% admitindo fazê-lo. Concluiu-se que a automedicação era prevalente entre os acadêmicos de enfermagem, o que é consistente com outros estudos realizados. Isso destaca a necessidade de conscientização dos acadêmicos sobre os riscos da automedicação.
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