Panorama epidemiológico das Internações por Leucemia em Crianças de até 9 anos no Brasil, entre 2019 e 2023

Resumo

INTRODUÇÃO: Leucemia é um câncer que afeta o sangue e a medula óssea, caracterizado pela proliferação descontrolada de células leucocitárias imaturas. Em crianças de até 9 anos, a leucemia representa um desafio significativo para a saúde pública. Este estudo examina as internações hospitalares por leucemia infantil no Brasil entre 2019 e 2023, destacando a importância de compreender a magnitude da doença para aprimorar o diagnóstico, tratamento e políticas públicas. OBJETIVO: Este estudo visa quantificar e analisar as taxas de internações por leucemia em crianças de até 9 anos no Brasil. METODOLOGIA: O estudo retrospectivo com abordagem quantitativa utilizou dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), fornecidos pelo Departamento de Informática do SUS (TABNET/DATASUS). A análise abrangeu internações por leucemia em crianças de até 9 anos no Brasil de janeiro de 2019 a dezembro de 2023, empregando estatística descritiva e tabulação em planilhas do Microsoft Excel 2016 e Microsoft Word 10. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Entre janeiro de 2019 e dezembro de 2023, o Brasil registrou 64.459 internações por leucemia em crianças até 9 anos. A Região Sudeste teve o maior número, com 22.942 casos, seguida pelo Nordeste (19.363) e Sul (11.184). A Região Norte somou 5.820 internações, e a Centro-Oeste, 5.150. Houve uma queda em 2020 devido à pandemia, mas os números aumentaram nos anos seguintes, destacando a necessidade de melhorar o acesso ao diagnóstico e tratamento em todo o país. CONCLUSÃO: Portanto, os dados sobre internações por leucemia infantil no Brasil destacam a necessidade urgente de políticas públicas que garantam equidade no acesso ao diagnóstico e tratamento. A disparidade regional, com altas taxas no Sudeste e Nordeste e índices baixos no Norte e Centro-Oeste, reflete desigualdades na infraestrutura e no acesso a especialistas. Expandir a infraestrutura, criar centros de referência e promover o diagnóstico precoce são essenciais para um sistema de saúde mais justo e acessível.