PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO, ANTROPOMETRICO E ALIMENTAR DE PORTADORAS DE MIOMA UTERINO EM UM HOSPITAL UNIVERSITARIO EM RECIFE.
PDF

Palavras-chave

Mioma, Alimentação, Obesidade, Estilo de vida.

Como Citar

Iracema da Silva, T., Beltrão Moura, T. C., Martins Calado, C. K., & de Araújo Burgos, M. G. P. (2023). PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO, ANTROPOMETRICO E ALIMENTAR DE PORTADORAS DE MIOMA UTERINO EM UM HOSPITAL UNIVERSITARIO EM RECIFE. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 5(3), 530–546. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n3p530-546

Resumo

Objetivo: avaliar o perfil sociodemográfico, antropométrico e alimentar de portadoras de mioma de um hospital universitário de Recife – PE.

Material e Métodos: estudo descritivo, tipo série de casos, de natureza quantitativa, com amostra de mulheres adultas hospitalizadas, com diagnóstico em qualquer fase da doença. Foi aplicado um questionário estruturado para coleta de dados sociodemográficos e antropométricos, para o consumo alimentar, foi aplicado um questionário de Frequência Alimentar, semiquantitativo  adaptado.

Resultados: a amostra foi de 45 pacientes, com idade ≥ 35 anos (91,1%) e provenientes de área urbana, 84,4% eram casadas e 44,4% de cor parda. A média de peso foi 72,92± 12,33 kg, índice de Massa Corporal de sobrepeso = 28,58± 4,62kg/m² e circunferência do braço de eutrofia (105,61%). O consumo de alimentos que podem elevar o risco na formação do mioma, evidenciou que 84,4% consumiam diariamente carne vermelha dentro da recomendação, enquanto 95,6% ultrapassam a ingestão diária de carboidratos simples. Quanto aos alimentos que podem contribuir na prevenção de mioma, o peixe teve 2,2% de consumo diário e 95,6% consumiam frutas, abaixo das recomendações.

Conclusão: foram mínimos os fatores de risco envolvidos na etiologia do mioma, como faixa etária acima de 30 anos, consumo reduzido de alimentos auxiliares na redução do risco e elevado consome de carboidratos simples, ao mesmo tempo em que o excesso de peso foi prevalente.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n3p530-546
PDF

Referências

SPG - Sociedade Portuguesa De Ginecologia. Consenso Nacional sobre Miomas Uterinos 2017. Disponível em: https://spginecologia.pt/academia/consensos/

Vargas-Hernández VM, Vargas-Aguilar VM, Tovar-Rodríguez JM, et al. Leiomiomatosis uterina. Aspectos epidemiológicos, fisiopatogénicos, reproductivos, clínicos y terapéuticos. Rev Hosp Jua Mex. 2013;80(3):173-182.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mulheres de 18 anos ou mais de idade que foram submetidas à cirurgia para retirada do útero, total distribuição percentual e coeficiente de variação, segundo o motivo da retirada do útero - Rio de Janeiro: IBGE, 2013. Disponível em: < https://sidra.ibge.gov.br/tabela/5528> Acesso em: jan. 2023.

Silva MFG. Mioma: Epidemiologia e Tratamento. Portugal. Dissertação [Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas] - Universidade de Lisboa. 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Leimioma do útero. Portaria Nº 11, de 31 de outubro de 2017. Brasília, 2017. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt/arquivos/2017/pcdt-leiomioma_31_10_2017.pdf

Fernandes DIP. Miomas e a sua relação com o sucesso reprodutor. Portugal. Dissertação [Mestrado Integrado em Medicina] - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. 2014.

Pereira WPS, Carvalho NL, Costa LRS, Sousa MS, Costa ALR. Perfil clínico- epidemiológico e avaliação pós-operatória e perinatal de pacientes submetidas à miomectomia durante a gestação. Rev Pesq Saúde. 2016; 17(3): 154-158.

Wise LA, Radin RG, Kumanyika SK, Ruiz-Narváez EA, Palmer JR, Rosenberg L. Prospective study of dietary fat and risk of uterine leiomyomata. Am J Clin Nutr. 2014;99(5):1105-1116. https://doi.org/10.3945/ajcn.113.073635.

He Y, Zeng Q, Dong S, Qin L, Li G, Wang P. Associations between uterine fibroids and lifestyles including diet, physical activity and stress: a case-control study in China. Asia Pac J Clin Nutr. 2013;22(1):109-17. https://doi.org/10.6133/apjcn.2013.22.1.07.

Tinelli A, Vinciguerra M, Malvasi A, Andjić M, Babović I, Sparić R. Miomas uterinos e dieta. Jornal Internacional de Pesquisa Ambiental e Saúde Pública. 2021;18(3):1066. https://doi.org/10.3390/ijerph18031066

Fisberg RM, Marchioni DML. Manual de avaliação do consumo alimentar em estudos populacionais: a experiência do inquérito de saúde em São Paulo (ISA) /Universidade de São Paulo. 2012. 197 p. Grupo de Pesquisa de Avaliação de Consumo Alimentar (GAC), Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. 2012.

Sebastião HM. Avaliação do consumo alimentar baseado na qualidade de vida de funcionários de uma empresa de fornecimento de energia. 2014. 42f. Dissertação [Pós Graduação em Gestão Industrial] - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, 2014.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010: Resultados Preliminares do Universo. Rio de Janeiro: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; 2011. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/redeipea/images/pdfs/base_de_informacoess_por_setor_censitario_universo_censo_2010.pdf

SBC - Sociedade Brasileira De Cardiologia. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 102, n. 3, 2016. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf.

SBD - Sociedade Brasileira De Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2022. Disponível em: http://www.diretriz.diabetes.br

Frisancho AR. Anthropometric standard for the assessment of growth and nutritional status. Michigan: University of Michigan Press, 1990.

Blackburn GL, Thornton PA. Nutritional assessment of the hospitalized patient. Medical Clinics of North America, Philadelphia. 1979; 14:1102-1108.

National Center For Health Statistics. NHANES III. Hyattsville: Public Health Service, 1994. Disponível em: https://wwwn.cdc.gov/nchs/nhanes/nhanes3/default.aspx

Philippi ST, Latterza AR, Cruz ATR, Ribeiro LC. Pirâmide alimentar adaptada: guia para escolha dos alimentos. Rev. Nutr., Campinas. 1999; 12(1): 65-80. https://doi.org/10.1590/S1415-52731999000100006

Subramaniyam NK, Kandluri V, Modapu D, Dumpala AJ, Gudise BR, Palei NN, Kumar BJ, Pradeep B. Prevalence of risk facotrs for uterine fibroids at tertiary care teaching hospital: a cross-sectional study. J Young Pharm, 2020;12(1): 86-89. https://doi.org/10.5530/jyp.2020.12.17

Farjado KR, Alfes GT, Ramirez FYK. Diagnóstico ecográfico de mioma uterino en mujeres con síntomas ginecológicos. Medisan. 2012; 16(9): 1350-1357.

Pavone D, Clemenza S, Sorbi F, Fambrini M, Petraglia F. Epidemiology and Risk Factors of Uterine Fibroids. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol. 2018;46:3-11. https://doi.org/10.1016/j.bpobgyn.2017.09.004

Haan YC, Diemer FS, Van Der Woude L, Van Montfrans GA, Oehlers GP, Brewster LM. The risk of hypertension and cardiovascular disease in women with uterine fibroids. J Clin Hypertens (Greenwich). 2018;20(4):718-726. https://doi.org/10.1111/jch.13253.

Wise LA, Palmer JR, Harlow BL, Spiegelman D, Stewart EA, Adams-Campbell LL, Rosenberg L. Risk of uterine leiomyomata in relation to tobacco, alcohol and caffeine consumption in the Black Women's Health Study. Hum Reprod. 2004;19(8):1746-54. https://doi.org/10.1093/humrep/deh309.

Çinar M, Tokmak A, Güzel AI, Aksoy RT, Özer İ, Yilmaz N, Doğanay M. Association of clinical outcomes and complications with obesity in patients who have undergone abdominal myomectomy. J Chin Med Assoc. 2016;79(8):435-9. https://doi.org/10.1016/j.jcma.2016.02.008.

Uimari O, Auvinen J, Jokelainen J, Puukka K, Ruokonen A, Järvelin MR, Piltonen T, Keinänen-Kiukaanniemi S, Zondervan K, Järvelä I, Ryynänen M, Martikainen H. Uterine fibroids and cardiovascular risk. Hum Reprod. 2016;31(12):2689-2703. https://doi.org/10.1093/humrep/dew249.

Ilaria Soave, Marci R. From obesity to uterine fibroids: an intricate network. Curr Med Res Opin. 2018;34(11):1877-1879. https://doi.org/10.1080/03007995.2018.1505606.

Greco S, Islam MS, Zannotti A, Delli Carpini G, Giannubilo SR, Ciavattini A, Petraglia F, Ciarmela P. Quercetin and indole-3-carbinol inhibit extracellular matrix expression in human primary uterine leiomyoma cells. Reprod Biomed Online. 2020;40(4):593-602. https://doi.org/10.1016/j.rbmo.2020.01.006.

Islam MS, Akhtar MM, Ciavattini A, Giannubilo SR, Protic O, Janjusevic M, Procopio AD, Segars JH, Castellucci M, Ciarmela P. Use of dietary phytochemicals to target inflammation, fibrosis, proliferation, and angiogenesis in uterine tissues: promising options for prevention and treatment of uterine fibroids? Mol Nutr Food Res. 2014;58(8):1667-84. https://doi.org/10.1002/mnfr.201400134.

Roshdy E, Rajaratnam V, Maitra S, Sabry M, Allah AS, Al-Hendy A. Treatment of symptomatic uterine fibroids with green tea extract: a pilot randomized controlled clinical study. Int J Womens Health. 2013;5:477-86. https://doi.org/10.2147/IJWH.S41021.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Taciana Iracema da Silva, Thassia Carla Beltrão Moura, Cinthia Katiane Martins Calado, Maria Goretti Pessoa de Araújo Burgos