ARBOVIROSES EMERGENTES E REEMERGENTES NO BRASIL: DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA
PDF

Palavras-chave

Infecções por Arbovirus
Dengue
Infecção por Zika vírus
Febre Chikungunya
Epidemiologia

Como Citar

Ciro Octávio de Souza Fernandes, Dayana Rodrigues Amorim de Souza Fernandes, Rafael Vinícius Marinho Baracat, Pedro Tadeu de Melo Silveira, & Gustavo de Oliveira Braga. (2024). ARBOVIROSES EMERGENTES E REEMERGENTES NO BRASIL: DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(8), 5036–5048. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n8p5036-5048

Resumo

As arboviroses, incluindo dengue, chikungunya e zika, constituem um grave problema de saúde pública no Brasil, devido à sua ampla disseminação e potencial para causar epidemias. Este estudo tem como objetivo analisar os principais desafios e estratégias para o controle dessas doenças no contexto brasileiro, enfatizando os avanços recentes na vigilância epidemiológica, inovações nas tecnologias de controle vetorial, e as perspectivas futuras para o desenvolvimento de vacinas eficazes. A vigilância epidemiológica no Brasil tem evoluído significativamente, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz aos surtos. No entanto, desafios persistem, como a resistência crescente dos vetores aos inseticidas tradicionais e a adaptação do Aedes aegypti ao ambiente urbano, o que dificulta o controle dessas doenças. A adoção de novas tecnologias, como o uso de mosquitos geneticamente modificados e a liberação de mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia, tem mostrado resultados promissores, mas ainda enfrenta barreiras operacionais e regulatórias. Além disso, o desenvolvimento de vacinas para dengue e zika está em estágios avançados, enquanto para chikungunya, os esforços continuam em andamento. A implementação dessas vacinas, aliada a estratégias de controle vetorial e a capacitação contínua dos profissionais de saúde, aliada à educação comunitária, emerge como elemento crucial na mitigação dos impactos das arboviroses. Conclui-se que uma abordagem integrada, envolvendo a colaboração entre governo, setor privado e sociedade civil, é essencial para a implementação de estratégias sustentáveis e eficazes no controle dessas doenças, minimizando seu impacto na saúde pública e na economia do país.  

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n8p5036-5048
PDF

Referências

ALMEIDA, L. S.; COTA, A. L. S.; RODRIGUES, D. F. Sanitation, Arboviruses and Environmental Determinants: impacts on urban health.Ciencia & saude coletiva, v. 25, n. 10, p. 3857–3868, 2020.

AN, W. et al. Recent progress on chikungunya virus research. Virologica sinica, v. 32, n. 6, p. 441–453, 2017.

ARAIZA-GARAYGORDOBIL, D. et al. Dengue and the heart. Cardiovascular journal of Africa, v. 32, n. 5, p. 46–53, 2021.

BADAWI, A. et al. Prevalence of chronic comorbidities in chikungunya: A systematic review and meta-analysis. International journal of infectious diseases: IJID: official publication of the International Society for Infectious Diseases, v. 67, p. 107–113, 2018.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa. GOV.BR—Português (Brasil), 2023. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/novos-medicamentos-e-indicacoes/qdenga-vacina-dengue-1-2-3-e-4-atenuada-novo-registro>. Acesso em: [data de acesso].

BRASIL. Boletim Epidemiológico Vol.53 N°18—Português (Brasil). GOV.BR—Português (Brasil), 2022. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/boletins-epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53-no18/view>. Acesso em: 19 mar. 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Dengue: diagnóstico e manejo clínico adulto e criança. Brasília-DF, 2016.

CAVALCANTI, T. Y. V. de L. et al. A review on Chikungunya virus epidemiology, pathogenesis and current vaccine development. Viruses, v. 14, n. 5, p. 969, 2022.

DONALÍSIO, M. R. et al. Emerging arboviruses in Brazil: challenges for the clinic and implications for public health. Revista Saúde Pública, 2017; 51: 30.

GIRARD, M. et al. Arboviruses: A global public health threat. Vaccine, v. 38, n. 24, p. 3989–3994, 2020.

LIMA-CAMARA, T. N. Emerging arboviruses and new challenges for public health in Brazil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, Brasil, v. 50, p. 36, 2016.

LIMA NETO, A. S. et al. Dengue, zika and chikungunya - challenges of vector control in the face of the occurrence of the three arboviruses. Rev Bras Promoç Saúde, 2016; 29(3): 305-308.

MARTINS, M. M.; PRATA-BARBOSA, A.; CUNHA, A. J. L. A. DA. Arboviral diseases in pediatrics. Jornal de pediatria, v. 96, n. Suppl 1, p. 2–11, 2020.

PALASIO, R. G. S. et al. Zika, chikungunya and co-occurrence in Brazil: space-time clusters and associated environmental–socioeconomic factors. Scientific reports, v. 13, n. 1, 2023.

PAGE, M. J. et al. A declaração PRISMA 2020: uma diretriz atualizada para relatar revisões sistemáticas. O BMJ, v. 372, p. n71, 2021. Disponível em: https://www.bmj.com/content/372/bmj.n71.

SANTOS, L. L. M. et al. Dengue, chikungunya, and Zika virus infections in Latin America and the Caribbean: a systematic review. Revista panamericana de salud publica [Pan American journal of public health], v. 47, p. 1, 2023.

SCOTT, V. K. et al. Acceptability of a hypothetical dengue vaccine and the potential impact of dengue vaccination on personal vector control behavior: a qualitative study in Fortaleza, Brazil. BMC public health, v. 23, n. 1, 2023.

SILVA, C. V. L. da et al. Preocupação emergente: epidemiologia, diagnóstico e controle da febre do Oropouche. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 6, n. 8, p. 2758–2770, 2024. DOI: 10.36557/2674-8169.2024v6n8p2758-2770.

SOUSA, S. S. DA S. et al. Clinical and epidemiological characteristics of epidemic arboviruses in Brazil: Dengue, Chikungunya and Zika. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 23, n. 7, p. e13518, 2023.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Ciro Octávio de Souza Fernandes, Dayana Rodrigues Amorim de Souza Fernandes, Rafael Vinícius Marinho Baracat, Pedro Tadeu de Melo Silveira, Gustavo de Oliveira Braga

Downloads

Não há dados estatísticos.