Dengue clássica na população pediátrica: Análise epidemiológica das internações na região Norte (2019-2023)
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Palavras-chave

Dengue
Epidemiologia
Hospitalização
Criança

Como Citar

Dantas Sabbi, A., Cordeiro Aranha, M., Torres Talim, A., Alves Barbosa, A. V., Lima Brandão Monteiro, G., de Tarso Bezerra Castro Filho, P., Barboza Jorge, P. H., Oliveira Morais, L., Lloyd Galviz Fuentes, E., Rabello Detoni, F., da Silva Prior, M. A., & Marcilia Carvalho Val, G. (2024). Dengue clássica na população pediátrica: Análise epidemiológica das internações na região Norte (2019-2023). Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(8), 2354–23565. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n8p2354-23565

Resumo

INTRODUÇÃO: A dengue é uma doença causada por um arbovírus do gênero Flavivirus. A transmissão ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti, principal vetor da dengue no Brasil. Estudos recentes indicam um aumento dos casos da doença na população jovem com menos de 15 anos. OBJETIVO: Analisar e descrever a epidemiologia das internações por dengue clássica em crianças de até 14 anos, na região Norte, entre 2019 e 2023. METODOLOGIA: Este é um estudo epidemiológico descritivo, quantitativo e retrospectivo. A análise abrange internações por dengue clássica em crianças de até 14 anos na região Norte, de janeiro de 2019 a dezembro de 2023. Os dados foram extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) por meio da plataforma DATASUS, abrangendo variáveis como região/unidade da federação, ano, faixa etária, sexo, cor/raça, caráter do atendimento e valor total. As informações foram tabuladas e apresentadas em tabelas e gráficos utilizando Microsoft Excel e Word. RESULTADOS: Entre 2019 e 2023, foram registradas 4.380 internações por dengue clássica na população pediátrica da região Norte. Rondônia foi o estado com o maior número de casos (1.125, ou 25,68%), enquanto o Amapá teve o menor número (26, ou 0,60%). Observou-se uma redução significativa de 30,5% entre 2019 e 2020, sendo 2020 o ano com o menor registro (533). Em contraste, 2022 apresentou o maior número de hospitalizações (1.361). Adolescentes de 10 a 14 anos foram os mais afetados, representando 37,33% dos casos. O sexo masculino teve a maior prevalência (54,88%) e a cor parda predominou (64,93%). O gasto total foi de R$ 1.527.579,18, com 91% dos atendimentos sendo de urgência. CONCLUSÃO:  As internações por dengue clássica na população pediátrica da região Norte continuam a crescer, com um perfil epidemiológico predominantemente associado a adolescentes de 10 a 14 anos, pardos e residentes em Rondônia. É fundamental adotar medidas preventivas, como erradicação de criadouros do mosquito, uso de repelentes, acesso a cuidados médicos e promoção da vacinação.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n8p2354-23565
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