Resumo
Cerca de 30% a 40% dos casos de câncer colorretal são de adenocarcinoma de reto, que é o tipo mais prevalente dessa doença A maioria das pessoas afetadas tem mais de 50 anos, embora pessoas mais jovens também estejam sendo afetadas com mais frequência Histórico familiar de câncer colorretal, doenças inflamatórias intestinais, consumo elevado de carnes vermelhas e processadas, obesidade, sedentarismo, uso de álcool e tabagismo são fatores de risco
Do ponto de vista patológico, as células epiteliais glandulares que revestem a mucosa retal são a origem do adenocarcinoma de reto Geralmente, uma série de alterações genéticas e epigenéticas causa displasia, seguida pela formação de adenomas, que podem, eventualmente, levar a um câncer agressivo. Os genes APC, KRAS, TP53 e a via de sinalização Wnt são aqueles com as mutações mais frequentes Essas mudanças resultam em proliferação celular descontrolada, evasão da apoptose e potencial invasivo, o que permite que as células cancerígenas se espalhem para tecidos próximos e, em estágios mais avançados, para órgãos distantes como o fígado e os pulmões
A paciente do caso em análise, recebeu o diagnóstico após os 50 anos, cujo tumor apresentava espessamento parietal circunferencial com extensão de 32 mm acometendo o reto médio e inferior, distando cerca de 78 mm da borda anal com discreta extensão para gordura mesorretal e aparente acometimento vascular local. Foi submetida à radioterapia e quimioterapia, bem como à abordagem cirúrgica.
Em suma, compreender as vias moleculares que fundamentam o adenocarcinoma de reto é crucial para formular abordagens terapêuticas mais eficazes. Estas podem envolver uma combinação de técnicas cirúrgicas, quimioterapia, radioterapia e, em certas situações, medicamentos direcionados que dependem da composição genética do tumor. Melhorar o prognóstico e a sobrevida dos pacientes requer detecção precoce e manejo adequado.
Referências
REFERÊNCIAS
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