Resumo
A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico severo, frequentemente tratado com antipsicóticos, mas alguns pacientes não respondem adequadamente a essas medicações, resultando em esquizofrenia resistente ao tratamento. Este estudo revisa o manejo dessa condição, com foco na definição de resistência e nas abordagens terapêuticas disponíveis. A resistência ao tratamento é identificada com base em critérios específicos, incluindo falha em dois tratamentos antipsicóticos adequados e persistência dos sintomas. A clozapina é considerada a principal opção para pacientes com esquizofrenia resistente, sendo necessário um monitoramento rigoroso devido aos possíveis efeitos colaterais graves. Para iniciar o tratamento com clozapina, é essencial que o paciente tenha contagens hematológicas adequadas e esteja disposto a seguir o protocolo de monitoramento. Além da clozapina, outras abordagens podem incluir terapias psicossociais e, em alguns casos, eletroconvulsoterapia (ECT) ou outros medicamentos. A escolha do tratamento deve ser adaptada às necessidades individuais do paciente e ao perfil de resposta ao tratamento. Em resumo, o manejo da esquizofrenia resistente ao tratamento requer uma combinação de estratégias farmacológicas e psicossociais, com o objetivo de melhorar a eficácia do tratamento e a qualidade de vida dos pacientes.
Referências
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. 5th ed. Washington, DC: American Psychiatric Association, 2013.
DE HERT, M., et al. Prevalence and correlates of physical health problems in patients with schizophrenia. World Psychiatry, v. 10, n. 1, p. 52-77, 2007.
DEMJAHA, A., et al. Antipsychotic treatment resistance in schizophrenia associated with elevated glutamate levels but normal dopamine function. Biological Psychiatry, v. 83, n. 5, p. 369-377, 2017.
HOWES, O. D., et al. Treatment-resistant schizophrenia: Treatment response and resistance in psychosis (TRRIP) working group consensus guidelines on diagnosis and terminology. American Journal of Psychiatry, v. 174, n. 3, p. 216-229, 2017.
MUNRO, J., et al. Active monitoring of 8,000 clozapine recipients in the UK and Ireland. British Journal of Psychiatry, v. 175, n. 6, p. 576-580, 1999.
NORTHWOOD, S., et al. Plasma clozapine levels and treatment-resistant schizophrenia: a systematic review and meta-analysis. Journal of Clinical Psychopharmacology, v. 43, n. 1, p. 12-23, 2023.
SAMARA, M. T., et al. Individualized prediction of response and side effects in treatment-resistant schizophrenia. Schizophrenia Bulletin, v. 44, n. 3, p. 703-712, 2018.
SISKIND, D., et al. Clozapine for treatment-resistant schizophrenia: a systematic review. Schizophrenia Research, v. 174, n. 1-3, p. 69-76, 2016.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Yasmin Azevedo Barbosa, José Achilles da Silva Neto , Gustavo Monteiro de Souza, Fabiana de Castro Machado, Davi Rebello Misukami, Sabrina Costa Mendes, Isadora Carolina Calaça de Lima , Guilherme Roberto Naves Miranda , Vinícius Cangussu Freitas, Viviane Araújo Moreira de Melo, Laura Villela Amaral Marreiro, Marcus Vinícius Cordeiro Costa, Mariana Guerino Doretto de Souza , Nathália Nóbrega Lima