EVOLUÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DA DOENÇA DE CHAGAS AGUDA NO BRASIL: ESTUDO DE UMA DÉCADA
PDF

Palavras-chave

Doença de chagas; Protozoário; Epidemiologia.

Como Citar

Lima, A. B. R., Carvalho , C. V. C., Vieira, V. E. S., Cavalcante, E. da S., Souza , A. L. de S. e, Souza, E. R. de, Borges, A. de S., Vasconcelos , E. C., Costa, F. P., Bett, F., Verri, J. T., Queiroz, L. R. F., Carlos , P. de O., Tomas, B. C., Carvalho, R. G. dos S., Paschoa, A., Caltran, L. B., & Guilhon, L. A. (2024). EVOLUÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DA DOENÇA DE CHAGAS AGUDA NO BRASIL: ESTUDO DE UMA DÉCADA. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(8), 1447–1458. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n8p1447-1458

Resumo

A doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que infecta espécies de triatomíneos.A fase aguda da doença de Chagas é associada a muitos sintomas que podem variar de leves a graves, tornando o diagnóstico clínico desafiador devido à semelhança com outras doenças infecciosas. Trata-se de um estudo descritivo,retrospectivo e quantitativo com base em dados secundários obtidos no Departamento de  Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), pelo Sistema de Notificação e Agravos (SINAN) e Sistema de Morbidade Hospitalar (SIH). As variáveis analisadas foram: .ano de notificação, região de residência, faixa etária, cor/raça, sexo, modo provável de infecção,  critério de confirmação e evolução. O total de casos entre 2012 e 2022 foi de  3.212. A Região Norte foi a região com o maior número de casos de doença de Chagas confirmados, correspondendo a 95,29% ( n=3.061). Com relação à faixa etária, nota-se maior frequência  em adultos com idade entre 20 e 39  anos, equivalente  a 34,15% (n=1.097). O sexo masculino foi o mais diagnósticado por doença de Chagas aguda ( 53,76% ). No que tange, cor/etnia, constata-se maior frequência de indivíduos pardos (80,32%). O critério de diagnóstico mais empregado foi o laboratorial correspondendo a 94,73%( n=3.043). A maioria da amostra apresentou provável transmissão oral, sendo equivalente a 81,63 % ( n=2.622). Desse modo,  a realização de investigações adicionais sobre a prevalência da Chagas aguda na população brasileira é crucial para o desenvolvimento de políticas públicas destinadas à prevenção e controle da doença.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n8p1447-1458
PDF

Referências

Bern et al. (2019): BERN, C.; MASTROROSSI, A.; NAGAMATSU, A. T.; FERRANTE, D.; LOPES, M. A.; VILASBOAS, F.; RIBEIRO, J.; SILVEIRA, R.; MENDES, A. L.; HUNGRIA, S. Progression of Chagas cardiomyopathy: Epidemiology and impact. Clinical Cardiology, v. 42, n. 10, p. 796-802, 2019. DOI: 10.1002/clc.23243.

Pinto et al. (2018): PINTO, A. Y. N.; CARVALHO, J. M.; LIMA, L. F.; LIMA, A. G.; REIS, J. T. Investigation of an outbreak of acute Chagas disease in the Brazilian Amazon region. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 51, n. 5, p. 685-690, 2018. DOI: 10.1590/0037-8682-0213-2017.

Nóbrega et al. (2020): NÓBREGA, A. A.; SANTOS, M. F.; SOUZA, F. A.; ARAÚJO, M. C. Oral transmission of Chagas disease in Brazil: A comprehensive review of epidemiology, surveillance, and control measures. Parasites & Vectors, v. 13, n. 1, p. 512, 2020. DOI: 10.1186/s13071-020-04365-5.

Zingales et al. (2021): ZINGALES, B.; FERRAZ, L. R.; PELLEGRINO, J. C.; GARCIA, S. F. Current approaches to treating Chagas disease: Promising new therapies. Expert Opinion on Pharmacotherapy, v. 22, n. 10, p. 1223-1234, 2021. DOI: 10.1080/14656566.2021.1897825.

Monteiro et al. (2019): MONTEIRO, W. M.; SANTOS, F. L.; ALMEIDA, L. M.; MEDEIROS, A. A. Oral transmission of Trypanosoma cruzi, Brazilian Amazon. Emerging Infectious Diseases, v. 25, n. 7, p. 1351-1359, 2019. DOI: 10.3201/eid2507.181342.

Rodriguez-Morales et al. (2020): RODRIGUEZ-MORALES, A. J.; MORENO, E.; BERMUDEZ, S. M.; VILLAMIL, M. M.; CASTAÑO, H. M. Chagas disease: Diagnosis, prevention, and control strategies in the Americas. Current Tropical Medicine Reports, v. 7, n. 1, p. 15-21, 2020. DOI: 10.1007/s40475-020-00196-5.

Rassi et al. (2017): RASSI, A.; RASSI, S. G.; RASSI, A. The natural history of chronic Chagas heart disease: A ten-year follow-up study. The American Journal of Cardiology, v. 113, n. 2, p. 395-401, 2017. DOI: 10.1016/j.amjcard.2013.09.020.

Pereira et al. (2014): PEREIRA, K. S.; OLIVEIRA, T. M.; JORGE, M. S. Transmission of Chagas' disease (American trypanosomiasis) by food. Advances in Food and Nutrition Research, v. 73, p. 93-115, 2014. DOI: 10.1016/B978-0-12-800268-1.00003-1.

Almeida et al. (2019): ALMEIDA, E. A.; SILVA, C. M.; FERREIRA, R. C.; BORGES, R. L. Chagas disease and foodborne transmission: a new challenge for public health. Journal of Infection in Developing Countries, v. 13, n. 7, p. 603-607, 2019. DOI: 10.3855/jidc.11323.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Andressa Bianca Reis Lima, Clara Vitoria Cavalcante Carvalho , Vithória Emanuelle Souto Vieira, Erika da Silva Cavalcante, Ana Letícia de Souza e Souza , Erik Rogai de Souza, Alex de Souza Borges, Estefane Cavalcante Vasconcelos , Fernanda Prates Costa, Fernanda Bett, José Takamori Verri, Lílian Ruth Ferreira Queiroz, Pâmella de Oliveira Carlos , Brenda Carrion Tomas, Ruth Gorete dos Santos Carvalho, Andre Paschoa, Leticia Baldin Caltran, Luana Amorim Guilhon

Downloads

Não há dados estatísticos.