REEDUCAÇÃO MUSCULAR EM PACIENTES COM ACOMETIMENTO DO NERVO FACIAL: UMA ABORDAGEM MULTIFACETADA
PDF

Palavras-chave

Exercício de Reabilitação
Hipotonia Muscular
Nervo Facial
Paralisia Facial
Paralisia de Bell

Como Citar

Lima, G. C., Gonçalves Palacio Ferreira, A., Jaegge, N. A. R., Galito, F. T. de M., Martins, P. H. G. C., Maciel, T. dos S., Bessa, H. J. M., Stuhr, A. C. C., Chamoun, C. M., Peçanha, Y. B., & Gomes, B. F. (2024). REEDUCAÇÃO MUSCULAR EM PACIENTES COM ACOMETIMENTO DO NERVO FACIAL: UMA ABORDAGEM MULTIFACETADA. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(7), 33–46. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p33-46

Resumo

O nervo facial, ou nervo craniano VII, é crucial para o controle dos músculos faciais e funções sensoriais e autonômicas, como a gustação e a regulação das glândulas lacrimais e salivares. Lesões nesse nervo podem resultar em Paralisia de Bell, caracterizada por fraqueza ou paralisia súbita dos músculos faciais, geralmente de forma unilateral, impactando significativamente a qualidade de vida. Diante disso, tendo em vista os impactos físicos e psicológicos gerados pela Paralisia de Bell, justifica-se o presente estudo, que objetiva avaliar a importância da reeducação muscular para a reabilitação precoce e minimização de sequelas em pacientes acometidos pela paralisia. Para a confecção do presente estudo, foram coletados artigos originais e de revisão bibliográfica, publicados nos últimos 28 anos, em inglês e português, nas principais bases de dados teóricos, como SciELO e PubMed. Percebeu-se, com os artigos coletados, que a abordagem terapêutica na Paralisia de Bell deve ser multimodal, abrangendo terapias farmacológicas, comportamentais e apoio fisioterapêutico para a recuperação da mímica facial. Nesse cenário, a reeducação muscular é uma abordagem terapêutica essencial, combinando exercícios faciais, técnicas de biofeedback e eletroterapia para restaurar a função muscular e minimizar sequelas. A intervenção precoce e personalizada, acompanhada por uma equipe multidisciplinar, é vital para a recuperação otimizada, reduzindo complicações físicas e emocionais, como o isolamento social e depressão. Assim, a reabilitação precoce propicia uma recuperação mais rápida à mobilidade facial, e a reeducação muscular tem papel indispensável para restaurar a função muscular e minimizar as sequelas decorrentes da doença, o que minimiza os danos e restabelece a qualidade de vida aos pacientes. 

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p33-46
PDF

Referências

Kandel, E. R., Schwartz, J. H., Jessell, T. M. (2013). Principles of Neural Science. 5th edition. McGraw-Hill.

Blumenfeld, H. (2010). Neuroanatomy through Clinical Cases. 2nd edition. Sinauer Associates.

Sweeney, C. J., Gilden, D. H. (2018). Bell’s palsy: More than meets the eye. Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, 89(1), 3-4.

Grogan, P. M., Gronseth, G. S. (2015). Practice parameter: Steroids, acyclovir, and surgery for Bell's palsy (an evidence-based review). Neurology, 56(7), 830-836.

Murthy, J. M., Saxena, A. B. (2011). Bell's palsy: Treatment guidelines. Annals of Indian Academy of Neurology, 14(Suppl 1), S70-S72.

Peitersen, E. (2002). Bell's palsy: The spontaneous course of 2,500 peripheral facial nerve palsies of different etiologies. Acta Oto-Laryngologica, 122(7), 1-30.

Beurskens, C. H., Heymans, P. G. (2003). Positive effects of mime therapy on sequelae of facial paralysis: Stiffness, lip mobility, and social and physical aspects of facial disability. Otolaryngology–Head and Neck Surgery, 128(4), 488-492.

Brach, J. S., VanSwearingen, J. M. (1999). Physical therapy for facial paralysis: A tailored treatment approach. Physical Therapy, 79(4), 397-404.

Moore, K. L., Dalley, A. F., Agur, A. M. R. (2013). Clinically Oriented Anatomy. 7th edition. Lippincott Williams & Wilkins.

Netter, F. H. (2014). Atlas of Human Anatomy. 6th edition. Elsevier.

Standring, S. (2016). Gray's Anatomy: The Anatomical Basis of Clinical Practice. 41st edition. Elsevier.

Drake, R. L., Vogl, A. W., Mitchell, A. W. M. (2014). Gray's Anatomy for Students. 3rd edition. Elsevier.

Campbell W.W., DeJong. (2014). O Exame Neurológico. 7ª. Edição, Editora Guanabara Koogan.

May, M., Schaitkin, B. M. (2000). The Facial Nerve. 2nd edition. Thieme.

Eviston, T. J., Croxson, G. R., Kennedy, P. G. E., Hadlock, T., Krishnan, A. V. (2015). Bell's palsy: Aetiology, clinical features and multidisciplinary care. Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, 86(12), 1356-1361.

Murakami, S., Mizobuchi, M., Nakashiro, Y., Doi, T., Hato, N., Yanagihara, N. (1996). Bell palsy and herpes simplex virus: identification of viral DNA in endoneurial fluid and muscle. *Annals of Internal Medicine*, 124(1_Part_1), 27-30.

Ramos, C.D.S., Almeida, M.W.R., Aguiar, L.F.S., Cury, M.C. Paralisia de Bell subsequente a ritidoplastia. Rev. Bras. Cir. Plást.2011;26(2):370-373

Holland, N. J., Weiner, G. M. (2004). Recent developments in Bell's palsy. *BMJ*, 329(7465), 553-557.

Gilden, D. H. (2004). Clinical practice. Bell's Palsy. *The New England Journal of Medicine*, 351(13), 1323-1331.

Barbara, M., Monini, S., Buffoni, A., Cordier, A., Ronchetti, F., Harguindey, A. (2003). Early rehabilitation of facial nerve deficit after acoustic neuroma surgery. Acta Otolaryngologica, 123(7), 932-935. DOI: 10.1080/00016480310000629.

Cardoso, J. R., Teixeira, E. C., Fontes, S. V. (2013). Physical therapy for Bell’s palsy (idiopathic facial paralysis). Cochrane Database of Systematic Reviews, 12(3), CD006283.

Manikandan, N. (2007). Efficacy of electrical stimulation in Bell's palsy. Journal of Physical Therapy Science, 19(1), 5-9.

Monini, S., Lazzarino, A. I., Iacolucci, C., Buffoni, A., Barbara, M. (2010). Rehabilitative treatment in Bell’s palsy: a randomized, controlled trial. The Laryngoscope, 120(2), 251-255.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Arthur Gonçalves Palacio Ferreira, Rayssa Almeida Nogueira