Análise Epidemiológica Da Mortalidade Por Doenças Infecciosas Intestinais Em Menores De Cinco Anos De 2018 A 2022 No Brasil
PDF

Palavras-chave

Mortalidade
Epidemiologia
Morte do lactente
Pré-escolar
COVID-19
Gastroenterite
Diarreia infecciosa

Como Citar

Nogueira Firmino, M., Bezerra Motta Câmara, S., Luvizon Mollo, T., Tue Domingos Diniz Cambraia , A., & Araújo Ferreira, L. (2024). Análise Epidemiológica Da Mortalidade Por Doenças Infecciosas Intestinais Em Menores De Cinco Anos De 2018 A 2022 No Brasil. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(7), 2388–2397. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p2388-2397

Resumo

O presente estudo tem como objetivo analisar a mortalidade por doenças infecciosas intestinais em menores de 5 anos de idade no período de 2018 a 2022 entre as diferentes regiões do Brasil. Trata-se de um estudo ecológico, realizado mediante a coleta de dados no Sistema de Informações sobre Mortalidade do SUS (SIM/SUS) vinculado ao DATASUS, segundo as variáveis ano do óbito e regiões brasileiras. Os óbitos investigados foram aquelas relacionadas às doenças infecciosas intestinais das categorias CID-10 A00 a A09 entre as regiões brasileiras nos anos de 2018 a 2022. Quanto aos resultados, no total, 2.355 óbitos foram registrados, com distribuição regional variada, sendo que a região Nordeste destacou-se pelo maior número de óbito, enquanto a região Sul apresentou o menor número de óbitos. Notavelmente, ocorreu um declínio do número de óbitos durante 2020, seguido por um aumento nos anos posteriores à pandemia de COVID-19. Por categoria de classificação CID-10, a diarreia e gastroenterite presumivelmente infecciosas foram responsáveis por 82,76% dos óbitos, enquanto outras categorias representaram proporções menores. Não houve uma tendência uniforme de aumento ou diminuição entre as categorias durante os anos analisados, mas houve uma redução significativa em 2020 em todas as categorias. Os anos pré-pandêmicos não apresentaram tendências claras nos números de óbitos por categoria CID-10. Em suma, a maior taxa de mortalidade por infecções intestinais se concentrou na região Norte do Brasil, a qual se apresenta com baixo índice de saneamento básico. Há necessidade de investir nas áreas Norte e Nordeste do país a fim de melhorar seus índices socioeconômicos e deve-se aumentar a adesão ao calendário vacinal na infância, o qual conta com as vacinas contra o rotavírus humano, grande causador das infecções intestinais.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p2388-2397
PDF

Referências

World Health Organization. Diarrhoea: why children are still dying and what can be done. Geneva: UNICEF/WHO; 2009

Farthing M, Salam MA, Lindberg G, Dite P, Khalif I, Salazar-Lindo E, et al. Acute Diarrhea in Adults and Children: A Global Perspective. Journal of Clinical Gastroenterology [Internet]. 2013 Jan 1;47(1):12–20. Available from: https://journals.lww.com/jcge/Fulltext/2013/01000/Acute_Diarrhea_in_Adults_and_Children__A_Global.7.aspx

Brandt KG, de Castro Antunes MM, da Silva GAP. Acute diarrhea: evidence-based management. Jornal de Pediatria. 2015 Nov;91(6):S36–43.

Doenças diarreicas agudas (DDA) [Internet]. Ministério da Saúde. Available from: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dda#:~:text=S%C3%A3o%20caracterizadas%20por%20uma%20s%C3%ADndrome

Alves J, Fagundes-Neto U. Diarreia persistente: ainda um importante desafio para o pediatra. DOAJ (DOAJ: Directory of Open Access Journals). 2011 Jun 1;

Melli LCFL, Waldman EA. Temporal trends and inequality in under-5 mortality from diarrhea. Jornal de Pediatria. 2009 Jan 16;0(0).

Santos FS, Santos FCS, Santos LH dos, Leite AM, Mello DF de. Breastfeeding and protection against diarrhea: an integrative review of literature. Einstein (São Paulo). 2015 Jun 9;13(3):435–40

Paes, Neir Antunes,Silva, Lenine Angelo A (1999) Doenças infecciosas e parasitárias no Brasil: uma década de transiçao. Rev Panam Salud Publica;6(2) -,ago. 1999. Retrieved from http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1020-49891999000700004&lng=pt&nrm=iso

SILVA, Simone Vieira da; REICHENBERGER, Veronika; VIEIRA, Gislene Inoue; CLEMENTE, Karina Aparecida Padilha; RAMOS, Vinícius Delgado; BRITO, Christina May Moran de. Repercussões da pandemia de COVID-19 nos serviços de saúde para pessoas com deficiência: relato dos profissionais de reabilitação. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 39, n. 6, p. e00223822, 2023. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311XPT223822.

MACINKO, James; GUANAIS, Frederico C.; SOUZA, Maria de Fátima Marinho de. Avaliação do impacto do Programa Saúde da Família na mortalidade infantil no Brasil, 1990-2002. Journal of Epidemiology & Community Health, Londres, v. 60, n. 1, p. 13-19, jan. 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1136/jech.2005.038323.

Silva F da C da, Chaves AFF, Moraes VMC, Lessa RJ de O, Dourado Junior OC. Correlação entre saneamento básico e vulnerabilidade à pandemia de covid-19 no Brasil. Engenharia Sanitaria e Ambiental [Internet]. 2023 Apr 3;28:e20220145. Available from: https://www.scielo.br/j/esa/a/y5N6MfmW6x4kw8P7fPmhXgH/

Linhares AC, Villa LL. Vaccines against rotavirus and human papillomavirus (HPV). J Pediatr (Rio J). 2006;82(3 Suppl): S25-34.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Marília Nogueira Firmino, Sara Bezerra Motta Câmara, Thiago Luvizon Mollo, Audrey Tue Domingos Diniz Cambraia , Lucas Araújo Ferreira