Perspectivas para o tratamento da neuromielite óptica: uma revisão de literatura
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Palavras-chave

Neuromielite óptica
Tratamento.
Eficacia

Como Citar

Nascimento, J. P. A., Ranucci , M. M., Borges, K. G. da C., Soares , Y. R. F., Santos , P. T. A., Magalhães , I. C. de C., Mendes , M. G., Alves, A. F., Santos, G. B. dos, Filho, R. P. da S., Araújo, L. A., Sobral , I. M., Gomes, F. L. N., & Ramalho , E. A. de M. (2024). Perspectivas para o tratamento da neuromielite óptica: uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(7), 2859–2865. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p2859-2865

Resumo

Introdução: A neuromielite óptica (NMO) é uma doença inflamatória autoimune desmielinizante que acomete o sistema nervoso central afetando predominantemente os nervos ópticos e a medula espinhal. As manifestações clínicas normalmente acontecem em um caráter surto-remissão sendo progressivamente incapacitantes e com alto risco de mortalidade. (Luo et al., 2022). Visando prevenir essas recidivas e incapacidades, novos tratamentos  sequenciais são de grande interesse para a prática médica. Objetivo: comparar os tratamentos sequenciais atuais para a neuromielite óptica. Metodologia: trata-se de uma revisão de literatura sobre os tratamentos sequenciais atuais para NMO, cujos dados foram obtidos através de uma busca na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) com a estratégia de pesquisa: “neuromyelitis optica” AND “therapy”. Foram selecionados 3 artigos que atenderam ao critério de revisão sistemática com meta-análise dos últimos 5 anos com tema principal de tratamento da neuromielite óptica. Resultados e discussão: a terapia sequencial se baseia em corticosteroides orais e, principalmente, na imunossupressão de células alteradas do sistema imune, especialmente na depleção dos linfócitos do tipo B. Nesse sentido, vários fármacos são empregados como eculizumabe (ECZ), azatioprina (AZA), e rituximab (RTX). O primeiro se mostrou eficaz na prevenção de recaídas em 98,9% dos pacientes em 2 anos, enquanto o RTX e a AZA se destacam por sua segurança (Luo et al., 2022). Ainda, o RTX se mostra mais eficaz que a AZA na redução anual das recidivas (Diferença Média Ponderada de 1,45 após o tratamento) e da progressão medida pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) (Dong; Meng; Xiao, 2022), sendo, portanto, um destaque entre as formas de tratamento. Ademais, o transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas após condicionamento local com imunossupressores tem se mostrado favorável para casos graves, com a redução de 0,81 pontos da EDSS (Nabizadeh et al., 2022). Conclusão: o rituximab tem se mostrado como a nova terapia sequencial mais promissora, devido a sua segurança e eficácia em comparação às outras imunossupressoras

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p2859-2865
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Referências

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LUO, J. et al. Comparison on the effect of seven drugs to prevent relapses of neuromyelitis optica spectrum disorders: A modeling analysis of literature aggregate data. International Immunopharmacology, v. 110, p. 109004, 1 set. 2022.

NABIZADEH, F. et al. Autologous hematopoietic stem cell transplantation in neuromyelitis optica spectrum disorder: A systematic review and meta-analysis. Journal of Clinical Neuroscience, v. 105, p. 37–44, 1 nov. 2022.

Wingerchuk DM, Lennon VA, Lucchinetti CF, Pittock SJ, Weinshenker BG. The spectrum of neuromyelitis optica. Lancet Neurol. 2007 Sep;6(9):805-15. doi: 10.1016/S1474-4422(07)70216-8. PMID: 17706564.

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Copyright (c) 2024 João Pedro Alves Nascimento, Murillo Miranda Ranucci , Karina Gabriella da Costa Borges, Yzandro Rocha Ferreira Soares , Paulo Thassilys Antunes Santos , Isolda Cardoso de Castro Magalhães , Marlizon Gonçalves Mendes , Alana Fernandes Alves, Gilvan Bomfim dos Santos, Ricardo Penalva da Silva Filho, Letícia Amorim Araújo, Isadora Mendes Sobral , Flávia Luísa Novais Gomes, Eudes Alexandre de Medeiros Ramalho