Craniofaringioma e manejo do pan-hipopituitarismo
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Palavras-chave

craniofaringioma
suprasselar
pan-hipopituitarismo
relato de caso
eixo hormonal
corticotrófico
tireotrófico
tumor
benigno
tumor benigno
manejo

Como Citar

Sousa da Silva, R., da Rocha Araújo, T., Vinícius Almeida Santos, M., Balica de Oliveira, D., Soares Pires, W., Crispim Vergine de Freitas, D., Simões Azevedo, L., Álvares Bitencourt, C., Quirino de Oliveira, M., Hallich França da Silva, V., Alves Vitor, M., & Carolina Bezerra Góes, A. (2024). Craniofaringioma e manejo do pan-hipopituitarismo: Um relato de caso. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(7), 2828–2834. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p2828-2834

Resumo

Craniofaringiomas são tumores benignos raros derivados de remanescentes da bolsa de Rathke, localizados no espaço suprasselar. Representam de 1 a 3% de todos os tumores cerebrais, com duas faixas etárias de incidência predominantes: crianças (5-15 anos) e adultos (5ª década de vida). Os subtipos principais são papilar e adamantinomatoso, sendo este último mais comum. Eles crescem lentamente e podem invadir localmente estruturas adjacentes, causando morbidade significativa devido ao efeito de massa e complicações endócrinas como hipopituitarismo e obesidade hipotalâmica. O diagnóstico baseia-se principalmente em exame de imagem, geralmente ressonância magnética, que revela uma massa suprasselar capaz de comprimir o quiasma óptico. Os sintomas incluem distúrbios visuais, dores de cabeça e déficits hormonais, especialmente em crianças. O caso em questão envolveu um homem de 30 anos com hemianopsia progressiva e cefaleia. Após ressonância magnética diagnosticar uma lesão expansiva de 20 x 10 x 10 mm, ele foi submetido à abordagem transesfenoidal para biópsia e ressecção subtotal, seguida por radioterapia adjuvante. Apesar de desenvolver panhipopituitarismo, tratado com hormônios e corticosteroides, o paciente está assintomático após 5 anos, com controle de ressonância mostrando uma lesão remanescente de 5 x 4 x 6 mm. Em suma, o craniofaringioma, apesar de benigno, apresenta desafios significativos devido à sua complexa localização e potenciais complicações. O manejo terapêutico envolve decisões entre diferentes abordagens cirúrgicas, radioterápicas e medicamentosas com atenção especial para preservar a qualidade de vida, especialmente em pacientes jovens. O diagnóstico precoce e a abordagem multidisciplinar são fundamentais para otimizar os resultados e garantir um acompanhamento adequado.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p2828-2834
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Copyright (c) 2024 Romulo Sousa da Silva, Tiago da Rocha Araújo, Marcos Vinícius Almeida Santos, Davi Balica de Oliveira, Wesley Soares Pires, Davi Crispim Vergine de Freitas, Lavynne Simões Azevedo, Caio Álvares Bitencourt, Mariana Quirino de Oliveira, Vanessa Hallich França da Silva, Mirelly Alves Vitor, Ana Carolina Bezerra Góes