EXPLORANDO ASSOCIAÇÕES: DOENÇA CELÍACA E DOENÇAS AUTOIMUNES TIREOIDIANAS
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Palavras-chave

Doença Celíaca
Doenças Autoimunes
Doenças da Glândula Tireoide

Como Citar

Cezar Barreto de Moura, B., Guerra Barretto Parpinelli, M. F., Toscano de Brito Pereira, N., Teixeira de Lima, T., Silva de Barros, S. B., Alcântara Calixto, R., Reis de Araújo Barbosa, R., Lima de Barros, A., Andrade da Cruz Gouveia Filho, D. R., & Alexandre dos Santos, E. C. (2024). EXPLORANDO ASSOCIAÇÕES: DOENÇA CELÍACA E DOENÇAS AUTOIMUNES TIREOIDIANAS. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(7), 1763–1770. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p1763-1770

Resumo

A doença celíaca (DC) é uma condição autoimune inflamatória do intestino delgado desencadeada pela ingestão de glúten, levando a inflamação crônica, atrofia das vilosidades e má absorção de nutrientes. Frequentemente manifesta-se com sintomas gastrointestinais e complicações sistêmicas. Concomitantemente, doenças autoimunes da tireoide (DAITs), como a tireoidite de Hashimoto (TH) e a doença de Graves (DG), compartilham etiologia autoimune e frequentemente coexistem com a DC. A TH envolve inflamação crônica da tireoide e hipotireoidismo, enquanto a DG resulta em hipertireoidismo devido à produção excessiva de hormônios. Predisposições genéticas, especialmente os alelos HLA-DQ2 e HLA-DQ8, são comuns tanto na DC quanto nas DAITs, sugerindo mecanismos fisiopatológicos compartilhados.

Esta revisão sistemática integrativa explora a associação entre DC e DAITs, destacando mecanismos genéticos e imunopatogênicos compartilhados. Estudos indicam uma prevalência significativamente maior de doenças da tireoide entre pacientes com DC em comparação com controles, enfatizando a relevância clínica da triagem para autoimunidade tireoidiana em indivíduos diagnosticados com DC e vice-versa. Abordagens multidisciplinares de manejo são cruciais para monitorar pacientes em risco para potenciais complicações autoimunes futuras, apesar da adesão à dieta. Portanto, estratégias de detecção precoce e manejo devem ser implementadas para melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos indivíduos afetados.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p1763-1770
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Referências

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Copyright (c) 2024 Beatriz Cezar Barreto de Moura, Maria Fernanda Guerra Barretto Parpinelli, Nayara Toscano de Brito Pereira, Tibério Teixeira de Lima, Sabrina Beatriz Silva de Barros, Renata Alcântara Calixto, Rozana Reis de Araújo Barbosa, Andressa Lima de Barros, Delmiro Rodrigo Andrade da Cruz Gouveia Filho, Emilly Carolyne Alexandre dos Santos