Uso de Anticorpos Monoclonais na Imunoterapia do Melanoma Avançado: Revisão Narrativa
PDF

Palavras-chave

Melanoma avançado, imunoterapia, anticorpos monoclonais, desafios de tratamento

Como Citar

de Almeida Martins Júnior, C. R., Cardoso Cicuto, B. E., Lazzarini Bulla , L., Nogueira Araújo, R., & Trevizan, L. (2024). Uso de Anticorpos Monoclonais na Imunoterapia do Melanoma Avançado: Revisão Narrativa. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(7), 1638–1646. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p1638-1646

Resumo

O melanoma avançado é um desafio crítico na oncologia devido à sua alta mortalidade e resistência aos tratamentos tradicionais como quimioterapia e terapias direcionadas, que muitas vezes são limitados em eficácia e causam efeitos colaterais severos. Recentemente, a imunoterapia com anticorpos monoclonais surgiu como uma abordagem revolucionária no tratamento deste tipo de câncer. Estes anticorpos são projetados para se ligar a antígenos específicos em células cancerígenas, fortalecendo a resposta imunológica e promovendo a destruição das células tumorais. O ipilimumabe, por exemplo, inibe CTLA-4, enquanto o nivolumabe e o pembrolizumabe direcionam a proteína PD-1, demonstrando sucesso significativo em prolongar a sobrevida em pacientes com melanoma avançado. Apesar dos avanços, a imunoterapia também apresenta desafios, como efeitos adversos imunomediados (colite, hepatite) que requerem manejo cuidadoso, além da questão da resistência ao tratamento, que exige pesquisa contínua para desenvolver estratégias mais eficazes. A busca por biomarcadores preditivos de resposta ao tratamento e a personalização da terapia com base no perfil genético e imunológico dos pacientes são áreas promissoras para maximizar a eficácia terapêutica e minimizar os efeitos adversos. Em resumo, a imunoterapia com anticorpos monoclonais representa um avanço significativo no tratamento do melanoma avançado, oferecendo novas perspectivas e esperança para pacientes com opções terapêuticas historicamente limitadas.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p1638-1646
PDF

Referências

HODI, F. S. et al. Improved survival with ipilimumab in patients with metastatic melanoma. New England Journal of Medicine, v. 363, n. 8, p. 711-723, 2010.

LARKIN, J. et al. Combined nivolumab and ipilimumab or monotherapy in untreated melanoma. New England Journal of Medicine, v. 373, n. 1, p. 23-34, 2015.

PARDOLL, D. M. The blockade of immune checkpoints in cancer immunotherapy. Nature Reviews Cancer, v. 12, n. 4, p. 252-264, 2012.

POSTOW, M. A.; SIDLOW, R.; HELLER, C. E. Immune-related adverse events associated with immune checkpoint blockade. New England Journal of Medicine, v. 378, n. 2, p. 158-168, 2018.

ROBERT, C. et al. Pembrolizumab versus ipilimumab in advanced melanoma. New England Journal of Medicine, v. 372, n. 26, p. 2521-2532, 2015.

GIBNEY, G. T. et al. Predictive biomarkers for checkpoint inhibitor-based immunotherapy. Lancet Oncology, v. 17, n. 12, p. e542-e551, 2016.

SNYDER, A. et al. Genetic basis for clinical response to CTLA-4 blockade in melanoma. New England Journal of Medicine, v. 371, n. 23, p. 2189-2199, 2014.

RIBAS, A.; WOLCHOK, J. D. Cancer immunotherapy using checkpoint blockade. Science, v. 359, n. 6382, p. 1350-1355, 2018.

ZARETSKY, J. M. et al. Mutations associated with acquired resistance to PD-1 blockade in melanoma. New England Journal of Medicine, v. 375, n. 9, p. 819-829, 2016.

ASCIERTO, P. A. et al. Strategies for improving the efficacy of anti-PD-1/PD-L1 therapy in melanoma. American Journal of Clinical Dermatology, v. 18, n. 5, p. 529-541, 2017.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Carlos Roberto de Almeida Martins Júnior, Bruna Eduarda Cardoso Cicuto, Leticia Lazzarini Bulla , Rafaela Nogueira Araújo, Leila Trevizan