Aspectos da vacinação contra HPV em meninos brasileiros entre os anos de 2017 a 2022: Um estudo ecológico
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Palavras-chave

Papillomavirus Humano
Masculino
Vacinação
Brasil
HPV

Como Citar

Grossi, L., dos Santos Oliveira, G. M., de Oliveira Lacerda Raposo, V., & de Sá Mota, D. M. (2024). Aspectos da vacinação contra HPV em meninos brasileiros entre os anos de 2017 a 2022: Um estudo ecológico. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(7), 1672–1685. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p1672-1685

Resumo

INTRODUÇÃO: De acordo com a Organização Mundial da Saúde em 2022 havia 9 a 10 milhões de pessoas infectadas pelo Papiloma Vírus Humano (HPV), um dos principais causadores de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) no mundo. Esse cenário infeccioso, associado a manifestação assintomática da doença, modificou o calendário vacinal, incluindo os meninos nas campanhas de vacinação contra o HPV, o que contribuiu para a proteção do próprio indivíduo e também para a imunidade de grupo. OBJETIVO: Apresentar o perfil epidemiológico da vacinação por HPV entre meninos de 11 a 14 anos no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional descritivo baseado na vacinação masculina de HPV. Os dados foram obtidos por meio da plataforma DATASUS, do Ministério da Saúde, e tabulados pelo TABNET, no item Assistência à saúde utilizando o subitem Imunizações desde 1994 e doses aplicadas. Foram utilizados os filtros: imunobiológicos, HPV quadrivalente, período de 2017 a 2022, faixa etária de 11 a 14 anos. RESULTADOS: No período estudado, 16.770.010 doses da vacina HPV Quadrivalente foram aplicadas em adolescentes de 11 a 14 anos no Brasil. Dessas, 12.222.790 doses foram destinadas ao sexo masculino. O ano de 2017 foi destaque em relação a quantidade de imunobiológicos distribuídos para os meninos, sendo que nos anos subsequentes foi demonstrado uma redução no total de doses aplicadas. Em relação às regiões brasileiras, o Sudeste foi a região que mais aplicou o imunobiológico em questão. Além disso, a adesão foi maior na 1ª dose da vacina, apresentando um padrão decrescente nas doses seguintes. Quanto à faixa etária dos meninos vacinados, a idade de destaque foi de 11 anos. DISCUSSÃO: Percebe-se que a adesão vacinal ainda é um problema enfrentado no Brasil, já que os índices vacinais ainda estão abaixo do esperado e recomendado. CONCLUSÃO: Dessa forma, fortalece a necessidade de intervenções públicas para mitigar a disseminação da doença e garantir a boa adesão vacinal no Brasil.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p1672-1685
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