Palavras-chave
Pâncreas
Epidemiologia
Internações
Mortalidade
Como Citar
Resumo
INTRODUÇÃO: A neoplasia maligna de pâncreas é um câncer altamente letal, caracterizado pela formação de tumores agressivos no tecido pancreático. Devido ao diagnóstico frequentemente tardio e à resistência ao tratamento, a doença apresenta altas taxas de mortalidade. Este artigo analisará as internações, óbitos e taxa de mortalidade associados a essa condição, destacando a importância do diagnóstico precoce e das intervenções terapêuticas avançadas. OBJETIVO: Este estudo visa quantificar e analisar as taxas de internações, óbitos e taxa de mortalidade por neoplasia maligna de pâncreas no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo retrospectivo com abordagem quantitativa, realizado a partir de coleta de dados pelo Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), disponibilizados pela base de dados secundária do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (TABNET/DATASUS). Os dados estudados referiam-se às internações, aos óbitos e à taxa de mortalidade por neoplasia maligna de pâncreas no Brasil no período entre abril de 2023 e abril de 2024. A análise foi realizada por estatística descritiva, tabulação em planilha eletrônica do programa Microsoft Excel 2016 disposta em tabelas pelo Microsoft Word 10. RESULTADOS: Os dados sobre neoplasia maligna de pâncreas no Brasil entre abril de 2023 e abril de 2024 revelam um total de 19.291 internações e 3.834 óbitos. A região Sudeste teve o maior número tanto de internações (8.599, 44,60%) quanto de óbitos (1.882, 49,13%), enquanto a região Norte apresentou a maior taxa de mortalidade (25,97 por 100.000 habitantes). Esses números destacam a significativa carga dessa doença e a necessidade de políticas específicas para reduzir suas impactantes estatísticas. CONCLUSÃO: Os dados destacam a gravidade do câncer de pâncreas no Brasil entre abril de 2023 e abril de 2024, com alta incidência de internações e óbitos, especialmente na região Sudeste. A região Norte enfrenta a maior taxa de mortalidade, indicando necessidade urgente de melhorias no acesso e tratamento.
Referências
CARRERETTE, F. B.; SAITO, E. H.; RODRIGUES, L. S. Anais do 61º Congresso do Hospital Universitário Pedro Ernesto. Brazilian Journal of Health and Biomedical Sciences, v. 22, 16 ago. 2023.
COELHO, A. C. R. et al. Os principais desafios das políticas públicas de saúde para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis em municípios do Nordeste brasileiro. Cadernos Saúde Coletiva, v. 31, p. e31020095, 5 jun. 2023.
CONROY, T. et al. FOLFIRINOX versus gemcitabine for metastatic pancreatic cancer. The New England Journal of Medicine, v. 364, n. 19, p. 1817–1825, 12 maio 2011.
DANTAS, M. N. P. et al. Fatores associados ao acesso precário aos serviços de saúde no Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 24, p. e210004, 18 dez. 2020.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA). Estatísticas de Câncer. Disponível em: https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer. Acesso em: 05 jul. 2024.
KANG, Y.-M. et al. Prognostic Role of Carbohydrate Antigen 19 to 9 in Predicting Survival of Patients With Pancreatic Cancer: A Meta-Analysis. Technology in Cancer Research & Treatment, v. 20, p. 15330338211043030, 7 out. 2021.
KLEIN, A. P. Identifying people at a high risk of developing pancreatic cancer. Nature Reviews. Cancer, v. 13, n. 1, p. 66–74, jan. 2013.
MACHADO, R. V. et al. PREVALÊNCIA DAS PRINCIPAIS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS E NÃO TRANSMISSÍVEIS QUE ACOMETEM A POPULAÇÃO RESIDENTE NA REGIÃO NORTE DO BRASIL E RELAÇÃO COM A NUTRIÇÃO. Anais do EVINCI - UniBrasil, v. 5, n. 1, p. 402–402, 2019.
MENDES, W. DE A. et al. Desenvolvimento humano e desigualdades regionais nos municípios brasileiros. Latin American Research Review, v. 55, n. 4, p. 742–758, dez. 2020.
RAPHAEL, B. et al. Integrated Genomic Characterization of Pancreatic Ductal Adenocarcinoma. Cancer Cell, v. 32, p. 185-203.e13, 1 ago. 2017.
RIBEIRO, P. T. Perspectiva territorial, regionalização e redes: uma abordagem à política de saúde da República Federativa do Brasil. Saúde e Sociedade, v. 24, p. 403–412, jun. 2015.
RODRIGUES, E. T. Egressos de programas de residência em Medicina de Família e Comunidade do estado de São Paulo, 2000-2009. [s.l.] Universidade de São Paulo, 18 dez. 2012.
RYAN, D. P.; HONG, T. S.; BARDEESY, N. Pancreatic adenocarcinoma. The New England Journal of Medicine, v. 371, n. 11, p. 1039–1049, 11 set. 2014.
SANCIO, J. B. et al. Preoperative prognostic factors in patients with ductal adenocarcinoma of the head of the pancreas. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 47, p. e20202363, 3 jun. 2020.
SIEGEL, R. L.; MILLER, K. D.; JEMAL, A. Cancer statistics, 2020. CA: a cancer journal for clinicians, v. 70, n. 1, p. 7–30, jan. 2020.
SOUZA, M. D. G. G. D.; SANTOS, I. D.; SILVA, L. A. D. Educação em saúde e ações de autocuidado como determinantes para prevenção e controle do câncer. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, v. 7, n. 4, p. 3274–3291, 1 out. 2015.
WÖRMANN, S. M.; ALGÜL, H. Risk Factors and Therapeutic Targets in Pancreatic Cancer. Frontiers in Oncology, v. 3, p. 282, 18 nov. 2013.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Igor Gabriel Mendes Costa, Isabela Peres Martinho, Ana Luiza Matos Bezerra, Ricardo Trautwein Facci Segundo, Valéria Sampaio Travassos, Caio Feldberg Porto, Sofia Bezerra Sobral, Saymon Vitor Silva Corrêa, Alexandra Victoria Carapaica Mejias, Flaviane Lopes da Silva, Carlos César Freire Fróes, Érina Kenia Pires Gomes