ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS NOTIFICAÇÕES DE ÓBITOS EM ADULTOS JOVENS, POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO, NO BRASIL, NO PERÍODO DE 2019 A 2023.
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Palavras-chave

Epidemiologia
Infarto Agudo do Miocárdio
Óbitos
Notificação
Brasil

Como Citar

Menezes, G. D., Azevedo, B. F. de, Oliveira, V. T. de, Gonçalves, V. N., Tavares, D., Frota, S. N. R., Tulli, M. C., Freitas, B. E. de, Castro, A. E. S. de, Higuchi, M., Oliveira, L. M., & Camarço, M. G. P. da S. (2024). ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS NOTIFICAÇÕES DE ÓBITOS EM ADULTOS JOVENS, POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO, NO BRASIL, NO PERÍODO DE 2019 A 2023. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(7), 587–597. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p587-597

Resumo

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no Brasil desde os anos 1960 e globalmente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 17,9 milhões de pessoas morrem anualmente devido a DCV, com uma previsão de 25 milhões de mortes anuais até 2030. No Brasil, o infarto agudo do miocárdio (IAM) é a principal causa de óbito. O IAM é caracterizado por dor intensa no lado esquerdo do peito, podendo irradiar para o braço esquerdo, mandíbula, ombros e outras áreas. Diagnóstico precoce e tratamento adequado pode prevenir mortes, mas não está amplamente disponível devido aos altos custos e à concentração em grandes centros urbanos. OBJETIVO: Analisar a quantidade e as variáveis dos óbitos por infarto agudo do miocárdio no Brasil entre 2019 e 2023 e destacar a persistência da doença no cenário nacional. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, retrospectiva e descritiva, com abordagem quantitativa, a partir dos dados obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), realizado mediante dados sobre as notificações de óbitos, no Brasil, por infarto agudo do miocárdio, entre os anos de 2019 a 2023. RESUTADOS E DISCURSSÕES: Entre os anos de 2019 e 2023, houve um aumento no número de óbitos por IAM no Brasil, com uma média anual de 217 casos. Houve crescimento constante ao longo desses anos, passando de 195 óbitos em 2019 para 260 óbitos em 2023. Essa possível elevação na incidência, sugere mudanças nos fatores de risco e a não eficacia das medidas de prevenção e tratamento da doença. O estudo mostrou que 65.3% dos óbitos eram do sexo masculino e 34.7% do sexo feminino, atribuido a isso, a proteção cardiovascular dos hormônios femininos. Em relação as regiões do país, o sudeste concentrou a maior parte dos óbitos (43.1%), seguido pelo Nordeste (25.9%), Sul (16.5%), Norte (7.5%) e Centro-Oeste (7.0%). A diderença entre as regiões pode estar associada as condições socioeconomicas, fatores de risco e estilo de vida. Quanto à faixa etária, foram categorizados da seguinte forma: 15 a 19 anos representaram 2.1% (23 pessoas), 20 a 29 anos foram 6.6% (72 pessoas), e 30 a 39 anos compuseram 15.2% (165 pessoas). Em todas as faixas etárias analisadas, houve um aumento significativo, podendo está associando as mundaças no estilo de vida. Em relação à raça, 27.1% dos óbitos eram brancos, 7.8% pretos, 41.1% pardos, 1.8% amarelos, e 0.1% indígenas. Além disso, 22.0% não informaram sua raça. CONCLUSÃO: Os resultados reforçam a necessidade de políticas de saúde pública que visem tanto à prevenção quanto ao tratamento equitativo das doenças cardiovasculares em diferentes grupos populacionais e regiões do Brasil.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p587-597
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Copyright (c) 2024 Gabriela Dantas Menezes, Beatriz Ferreira de Azevedo, Victor Tavares de Oliveira, Victor Neves Gonçalves, Dolores Tavares, Sarah Nicoly Romualdo Frota, Maysa Cristina Tulli, Bárbara Elisa de Freitas, Analaura Ester Silva de Castro, Mayara Higuchi, Leonardo Medeiro Oliveira, Maria Gabryella Pereira da Silva Camarço