FALÊNCIA HEPÁTICA AGUDA INDUZIDA POR PARACETAMOL: FISIOPATOLOGIA, DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO
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Palavras-chave

Acetaminofeno
Hepatotoxicidade
Diagnóstico
Manejo Clínico

Como Citar

Novais da Conceição, H., Amorim Barbosa , M., Soares Bulcão Leite, M., Guerino Doretto de Souza , M., Fonseca de Romero, P. E., da Silva Conceição , C., Martins Rodrigues, J. M., Alves da Cunha Couto, G., da Silva Barros, D. H., Lopes Duarte, B. E., Kuhnen Marques, V., Gonzaga Feitoza, B., & Anghievisch, J. (2024). FALÊNCIA HEPÁTICA AGUDA INDUZIDA POR PARACETAMOL: FISIOPATOLOGIA, DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(6), 1735–1743. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n6p1735-1743

Resumo

Introdução: O paracetamol, conhecido como acetaminofeno, é um medicamento anti-inflamatório não esteroidal (AINE) que inibe a ciclooxigenase-3 (COX-3. Sua ação antipirética e analgésica, combinada com baixo custo e segurança, torna-o amplamente utilizado, mesmo sem prescrição médica. No entanto, devido à metabolização hepática e seu alto potencial hepatotóxico em doses elevadas ou em presença de comorbidades hepáticas, o paracetamol é a principal causa de lesão hepática aguda induzida por drogas no mundo. Este estudo visa discutir a fisiopatologia, diagnóstico e manejo clínico da falência hepática aguda induzida por paracetamol. Metodologia: Realizou-se pesquisa nas bases de dados eletrônicas PubMed, Scielo e LILACS com os descritores “Acetaminophen”, “Overdose”, “Treatment” e “Acetylcysteine”. Foram selecionados 15 artigos relevantes após aplicação de critérios de inclusão e exclusão. Resultados e Discussão: O paracetamol é metabolizado no fígado, produzindo metabólitos inativos excretados pela urina. Porém, uma pequena fração é metabolizada e gera N-acetil-p-benzoquinona imina (NAPQI), um composto altamente hepatotóxico que causa necrose celular ao se ligar covalentemente às proteínas hepáticas. NAPQI é neutralizado pela glutationa (GSH), formando um composto inerte excretado pela urina. Os sintomas de intoxicação por paracetamol variam de leves (náuseas, vômitos, desconforto abdominal) a graves (icterícia, encefalopatia hepática, coagulopatia) e ocorrem em quatro fases. A rápida identificação da condição, avaliação da dose ingerida e o tempo desde a ingestão são cruciais. Conclusão: O manejo eficaz requer identificação rápida, avaliação precisa da dose ingerida, monitoramento de marcadores hepáticos, e administração precoce de NAC. Intervenções oportunas são essenciais para prevenir complicações fatais e garantir a recuperação do paciente.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n6p1735-1743
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