Comportamento dos índices relacionados à morbidade hospitalar por Leishmaniose Visceral no Brasil: Retrato de 6 anos (2018 - 2023)
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Palavras-chave

Morbidade
Brasil
Epidemiologia
Leishmaniose visceral

Como Citar

de Oliveira Silva Gomes, L., Rodrigues Moreira, M. T., Bueno Araújo Bastos, L. E., Teodoro Oliveira Rodrigues , I., & Machado da Silva Neto, L. (2024). Comportamento dos índices relacionados à morbidade hospitalar por Leishmaniose Visceral no Brasil: Retrato de 6 anos (2018 - 2023). Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(6), 555–566. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n6p555-566

Resumo

A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença que afeta humanos e animais, sendo fatal em até 90% dos casos não tratados. Transmitida pela picada de mosquitos flebotomíneos, principalmente Lutzomyia longipalpis no Brasil, registra cerca de 3.500 casos anuais no país, com uma incidência de 2,0 casos por 100.000 pessoas. Os sintomas incluem febre prolongada, hepatomegalia, esplenomegalia, perda de peso, fraqueza, anemia e podem levar a complicações sérias e morte se não tratados. Este trabalho visa analisar as taxas de morbidade hospitalar por LV no Brasil. Este estudo é epidemiológico, quantitativo e retrospectivo, usando dados do SIH/SUS do DATASUS. Foram incluídos indivíduos internados por Leishmaniose Visceral no Brasil entre 2018 e 2022 e as informações foram organizadas por região, atendimento, faixa etária, sexo e cor/raça. Entre 2018 e 2022, 8.954 pacientes foram internados por Leishmaniose Visceral no Brasil. Destes, 93,72% foram em caráter de urgência. A maioria dos casos ocorreu em crianças de 1 a 4 anos (26,33%), seguidas por adultos de 40 a 49 anos (10,62%). Os homens representaram 63,82% dos casos. Quanto à cor/raça, 55,98% dos pacientes se identificaram como pardos, 7,86% como brancos, 2,89% como pretos, 2,23% como amarelos e 1,10% como indígenas. A pesquisa identificou grupos mais suscetíveis à leishmaniose visceral, destacando a necessidade de abordagens direcionadas para reduzir a doença. Reconhecer fatores de risco é crucial para diagnóstico precoce e intervenção eficaz, melhorando o prognóstico dos pacientes.

 

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n6p555-566
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